Duas finais e dois ouros para o Brasil no vôlei de praia dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023. Na noite desta sexta-feira (27), as duplas brasileiras feminina e masculina, Duda e Ana Patrícia e André e George, subiram ao lugar mais alto do pódio na modalidade para quebrar um jejum de 12 anos – os últimos ouros do Brasil no vôlei de praia em um Pan foram nos Jogos de Guadalajara 2011. Nas finais de Santiago 2023, Duda e Ana venceram Melissa e Brandie, do Canadá, por 2 sets a 0 (22/20, 21/18), enquanto André e George superaram Alayo e Diaz, de Cuba, por 2 sets a 1 (21/12, 19/21, 15/13). Completaram o pódio as duplas Quiggle/Murphy, dos Estados Unidos, e os primos Grimalt, do Chile, com as medalhas de bronze.
Na decisão feminina, Duda e Ana Patrícia começaram o primeiro set controlando as ações da partida e chegaram a abrir 4 a 1 no placar, mas o time canadense encostou. A partir daí o jogo seguiu equilibrado, com as brasileiras na mínima vantagem, até que a dupla canadense conseguiu abrir dois pontos na metade do set. Duda e Ana logo empataram e a partida foi para a vantagem necessária de dois pontos para fechar o set. As brasileiras se impuseram e, após salvarem um set point, ganharam a parcial em 22/20.
O segundo set foi mais equilibrado que o primeiro. As duas duplas estavam bastante atentas e eficientes nas viradas de bola, sem deixarem as adversárias abrirem distância. Entretanto, mais para o fim, as brasileiras emplacaram um volume de jogo mais intenso para terem três pontos de vantagem. Foi o suficiente para Duda e Ana Patrícia controlarem a partida e fecharem o jogo em 2 sets a 0 (22/20, 21/18).
“É uma realização uma medalha em campeonatos grandiosos como este já é motivo para se orgulhar, ainda mais sendo uma medalha de ouro. Levando em consideração tudo o que a gente tem vivido, torneios que disputamos, só deixa essa conquista ainda mais linda para a gente”, ressaltou Ana Patrícia.
“Foi ainda mais especial por ter nossa família aqui, a gente olhava para eles no momento do jogo para pegar aquela energia boa. Finalizamos com um ouro, ainda mais por vir nesse ano cansativo, mas incrível. Agora é descansar um pouco e depois voltar as atenções para o circuito mundial”, completou Duda.
André e George vencem em revanche contra cubanos
Na final masculina, André e George tinham pela frente adversários engasgados, os cubanos Alayo e Diaz, que os venceram na fase de grupos. Mas o primeiro set mostrou o porquê de os brasileiros terem chegado na final: André e George não tomaram conhecimento da dupla cubana e aplicaram um sonoro 21/12 para saírem na frente na briga pela medalha de ouro.
O segundo set foi diferente e a partida terminou se equilibrando. André e George pressionaram os cubanos, mas estes melhoraram de rendimento e a parcial foi decidida no detalhe. Empatados com os cubanos até o fim do set, os brasileiros não conseguiram ultrapassar o placar e os adversários fecharam a parcial em 21/19.
No tie-break, André e George voltaram com tudo e chegaram a abrir três pontos no começo, mas Alayo e Diaz empataram . Os brasileiros pediram tempo, focaram na concentração e voltaram a abrir vantagem. O jogo então foi lá e cá até a última bola, quando os cubanos mandaram um ataque para fora e André e George celebraram a conquista do ouro ao fecharem a partida em 2 sets a 1 (21/12, 19/21, 15/13).
“A gente veio ‘mordido’ para este jogo. Perdemos na chave e queríamos a revanche. Sabíamos que na final tudo muda. Surpreendemos com uma boa estratégia no primeiro set, mas sabíamos que não ia ser fácil o jogo inteiro. Foi jogo duro. Vibramos até o final, acreditamos e o ouro veio”, comemorou André.
“O nosso conjunto jogou muito bem hoje. Foi essencial a nossa comunicação durante a partida, faz diferença dentro da quadra. Esse é o segredo, cada um fez sua parte e graças a Deus deu tudo certo”, endossou George.
(Conteúdo – COB)