2012 não foi o ano do Dragão, como o calendário chinês afirmou, e, como boa atleticana, tenho que assumir que realmente não foi bom mesmo. Por outro lado, se os chineses afirmassem que era o ano do tucano, como observadora da esfera política goiana eu também diria que o ano não estava para o Dragão e muito menos para o tucano.

Na verdade, eu nem sei se existe o tucano no calendário chinês, usei o Dragão pra puxar o assunto, e, claro, não perder a boa oportunidade de falar do meu querido “Dragão Campineiro” (Que 2013 seja melhor!).
Voltando ao ano de 2102.

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Se não esteve bom para nós, atleticanos, esteve pior ainda para Marconi Perillo e seu governo. Que ano…que fase passou o governador. Interessante a definição dele: “um ano atípico”. Será?

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Sempre defendí que, após assumir o governo em janeiro de 2011, Marconi se deparou com algo que em seus governos anteriores não havia: as Redes Sociais.

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O Twitter tornou-se o lugar de descontentes, de reclamações, da oposição, dos neutros, e, claro, dos defensores marconistas também. Estes, em sua maioria, filiados e comissionados do governo estadual, pelo menos os que se dirigem ou se dirigiam à mim no microblog.

Penso que a equipe governamental nunca teve tanto trabalho para contornar crises, principalmente a que veio com a Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

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No Twitter, Marconi foi parar em primeiro lugar nos “Trends Tópics”. Sim, o governador de Goiás conseguiu o topo. Mas como? Quem não conhece o caso deve imaginar que a equipe palaciana trabalhou bastante, não é? Não, mesmo. Se os assessores tivessem feito o dever de casa, Perillo não seria conquistado o primeiro lugar com as “hastags” #ForaMarconi e #PerilloAbraOSigilo.

Aliás, o Movimento #ForaMarconi foi organizado em outra Rede Social, o Facebook, onde os jovens conseguiram dar visibilidade nacional aos protestos contra a corrupção.

Do outro lado, no desespero, assessores foram para as redes partidarizar o movimento, e claro, pelo sucesso dele, mais uma vez a equipe Marconista não conseguiu o objetivo que era abafar o #ForaMarconi.

A segunda aparição pedia para Marconi abrir os sigilos para a CPMI Cachoeira. No início, o governador de Goiás se recusou, mas após o petista Agnelo Queiroz se colocar à disposição da CPI Cachoeira e a pressão das redes chegarem até Goiás, Marconi não tinha como fugir. Perillo teve que abrir mão dos sigilos. Outra vitória das redes, sim, claro, da participação.

Em seu terceiro governo, o tucano se deparou com algo que não pode ser calado. As Redes Sociais mostraram que o governador não é unanimidade. Nunca foi, como gostam de pregar por aí. Temos um espaço de pluralidade de ideias.
Isso sim tem sido um problemão para assessores, secretários e “aduladores”.

A ferramenta tem incomodado tanto que até processo contra twiteiros tivemos em 2012. O que é escrito é visto. Agora, cidadãos comuns são ouvidos, lidos e têm incomodado muito este governo.

Se para eles é ruim, para os goianos tornou-se uma saída. 2012 não foi o ano do tucano, foi mais um ano das redes sociais e da desconstrução do discurso político-publicitário. 2013 começou, e, pelo que parece, mais um ano de twiteiros, facebooqueiros e muito debate que incomoda “Palácios”.

A voz rouca das ruas tem, agora, a “voz rouca e ruidosa das redes sociais”.

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