Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Goiás (Adueg), em reunião proposta pelos docentes, o Governo de Goiás proibiu a participação dos docentes que esperavam levar reivindicações da categoria ao governo. Vale lembrar que a greve dos professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi suspensa na última quarta-feira (6) sob multa de R$ 100 mil por dia, caso a decisão judicial seja descumprida.
Segundo a Adueg, o secretário-geral do Governo, Adriano Rocha Lima, receberia hoje (8) representantes da associação às 10h30, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. “Chegamos aqui para participar da reunião agendada com o secretário-geral de Governo, Adriano Rocha Lima, e tivemos a surpresa de sermos proibidos de entrar”, afirmou o presidente da Adueg, Marcelo Moreira.
O Diário de Goiás entrou em contato com a secretaria que afirmou que a reunião era apenas com deputados, tanto da base quanto da oposição e com o reitor da UEG. Porém, Marcelo afirmou que a reunião foi uma solicitação da Associação durante audiência pública ocorrida na última quarta-feira na Assembleia Legislativa de Goiás.
Nós, que solicitamos a reunião, ficamos de fora. Então, mais uma vez, o Governo de Goiás discute a carreira dos professores da UEG sem a participação dos professores da UEG.
Marcelo Moreira, presidente da Adueg
Audiência pública
Segundo a associação, a reunião foi proposta e deliberada na Audiência Pública organizada pela Frente Parlamentar em Defesa da UEG, na última quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Na ocasião, Marcelo Moreira expôs o histórico das tratativas dos professores e alunos com o Governo de Goiás ao longo dos últimos anos. De acordo com ele, as demandas se arrastam há um ano.
A categoria solicita duas pautas centrais: o acesso à proposta de Plano de Carreiras dos Docentes da UEG, e também a extinção do quadro de vagas que limita as progressões por titulação e impede que os docentes recebam conforme sua qualificação.
Sobre a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), atendendo a pedido da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), o professor afirmou que faltaram elementos. “Faltaram elementos para que a própria Universidade e o governo colaborassem para que o desembargador escrevesse a decisão”, disse Marcelo.
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