Jogos de futebol em Goiânia só após as 20 horas. Essa é a intenção do Projeto de Lei, de autoria do vereador Paulo Magalhães que foi apresentado à Camâra Municipal de Goiânia. A pauta tem impacto caminhando e sendo aprovada, tem impacto direto em Goiás, Atlético e Vila Nova. As três equipes representam a capital no Campeonato Brasileiro.
O Projeto de Lei gerou indignação no presidente da Câmara dos Vereadores, Romário Policarpo, que afirmou que é um assunto que já “nasce morto”. Policarpo destacou que não cabe projeto de lei para regulamentar horários de jogos de futebol. “Os estádios foram construídos e aprovados por lei e essas leis, inclusive, o Código de Posturas e o impacto da região quando foram aprovados”.
Romário Policarpo chegou a desdenhar da possibilidade de sucesso na intenção de Paulo Magalhães: “Se esse projeto for aprovado na Câmara dos Vereadores eu como um saco de esterco no final dele. É uma das coisas mais absurdas que eu já vi”.
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E os clubes?
A reportagem do Diário de Goiás buscou a opinião dos dirigentes de Goiás, Vila Nova e Atlético a respeito do Projeto de Lei. É algo que tem o apoio das equipes? Qual solução para minimizar os problemas no trânsito causado por conta das partidas?
O presidente do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube, Edminho Pinheiro, não acredita que a pauta avance e destaca que “horário de partida de futebol, não cabe a vontade do clube e sim a decisão das entidades que comandam o esporte”.
Os horários dos jogos são de responsabilidade da CBF no Campeonato Brasileiro, Copa Verde e Copa do Brasil; Conmebol para Copa Libertadores e Sul-Americana; Federação Goiana de Futebol no caso do Campeonato Goiano. Todas as entidades tem acordo com emissoras de televisão, que fazem as escolhas de acordo com sua grade de programação.
Leandro Bittar, Vice-Presente do Vila Nova Futebol Clube, também reforça a questão da decisão pelos horários não passar pelas agremiações e diz que não é só o futebol que gera dificuldades para o trânsito. Ele destaca que outros eventos, geralmente, trazem problemas.
“Qualquer evento que você tiver nesses horários teremos um impacto e aí penso que falta um planejamento, já que temos esses horários pré-definidos. Agência de mobilidade e Polícia, na tentativa de minimizar esse fluxo. Independente de qualquer estádio, sempre terá um impacto no trânsito, mesmo no Serra Dourada. Não é só o futebol, é um problema da cidade”, explicou o dirigente colorado.
Seguindo a conversa com os clubes. Adson Batista, presidente do Atlético-GO, diz que recebeu com indignação a iniciativa do vereador Paulo Magalhães: “O nobre vereador tinha mais coisas relevantes para fazer. Em lugar nenhum do mundo isso existe. Isso fere nossos direitos e também das nossas torcidas. Acho um projeto absurdo. É uma situação que fez mais para aparecer, porque não tem cabimento”, desabafou o dirigente que acredita que o projeto não vai avançar após análise de Romário Policarpo e do prefeito Rogério Cruz.
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