Jogos de futebol em Goiânia só após as 20 horas. Essa é a intenção do Projeto de Lei, de autoria do vereador Paulo Magalhães que foi apresentado à Camâra Municipal de Goiânia. A pauta tem impacto caminhando e sendo aprovada, tem impacto direto em Goiás, Atlético e Vila Nova. As três equipes representam a capital no Campeonato Brasileiro.
O Projeto de Lei gerou indignação no presidente da Câmara dos Vereadores, Romário Policarpo, que afirmou que é um assunto que já “nasce morto”. Policarpo destacou que não cabe projeto de lei para regulamentar horários de jogos de futebol. “Os estádios foram construídos e aprovados por lei e essas leis, inclusive, o Código de Posturas e o impacto da região quando foram aprovados”.
Romário Policarpo chegou a desdenhar da possibilidade de sucesso na intenção de Paulo Magalhães: “Se esse projeto for aprovado na Câmara dos Vereadores eu como um saco de esterco no final dele. É uma das coisas mais absurdas que eu já vi”.
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![Edminho Pinheiro](https://diariodegoias.com.br/wp-content/uploads/2023/03/WhatsApp-Image-2023-03-20-at-18.41.55-800x600.jpeg)
E os clubes?
A reportagem do Diário de Goiás buscou a opinião dos dirigentes de Goiás, Vila Nova e Atlético a respeito do Projeto de Lei. É algo que tem o apoio das equipes? Qual solução para minimizar os problemas no trânsito causado por conta das partidas?
O presidente do Conselho Deliberativo do Goiás Esporte Clube, Edminho Pinheiro, não acredita que a pauta avance e destaca que “horário de partida de futebol, não cabe a vontade do clube e sim a decisão das entidades que comandam o esporte”.
Os horários dos jogos são de responsabilidade da CBF no Campeonato Brasileiro, Copa Verde e Copa do Brasil; Conmebol para Copa Libertadores e Sul-Americana; Federação Goiana de Futebol no caso do Campeonato Goiano. Todas as entidades tem acordo com emissoras de televisão, que fazem as escolhas de acordo com sua grade de programação.
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Leandro Bittar, Vice-Presente do Vila Nova Futebol Clube, também reforça a questão da decisão pelos horários não passar pelas agremiações e diz que não é só o futebol que gera dificuldades para o trânsito. Ele destaca que outros eventos, geralmente, trazem problemas.
“Qualquer evento que você tiver nesses horários teremos um impacto e aí penso que falta um planejamento, já que temos esses horários pré-definidos. Agência de mobilidade e Polícia, na tentativa de minimizar esse fluxo. Independente de qualquer estádio, sempre terá um impacto no trânsito, mesmo no Serra Dourada. Não é só o futebol, é um problema da cidade”, explicou o dirigente colorado.
Seguindo a conversa com os clubes. Adson Batista, presidente do Atlético-GO, diz que recebeu com indignação a iniciativa do vereador Paulo Magalhães: “O nobre vereador tinha mais coisas relevantes para fazer. Em lugar nenhum do mundo isso existe. Isso fere nossos direitos e também das nossas torcidas. Acho um projeto absurdo. É uma situação que fez mais para aparecer, porque não tem cabimento”, desabafou o dirigente que acredita que o projeto não vai avançar após análise de Romário Policarpo e do prefeito Rogério Cruz.
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