O Flamengo desembarca em São Paulo para o jogo contra o Palmeiras. Que pode não acontecer. (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
A decisão da Justiça do Trabalho em adiar o jogo deste domingo (27/09) entre Palmeiras e Flamengo deixou a CBF irada que tenta de todas as maneiras a manutenção da partida. A decisão pode ser revertida pela Justiça Comum – o que a entidade que organiza o Campeonato Brasilleiro quer fazer – e por isso, o Flamengo decidiu manter a programação normal para o jogo, sob risco de uma possível reversão na decisão e evitar um hipotético WO.
Se a decisão do adiamento se manter, o elenco retornará para o Rio na sequência. De qualquer forma, o adiamento já causa ruídos entre clube carioca, CBF e até mesmo os outros times confederados. Apesar de ter recorrido ao STJD, o tribunal não aceitou as justificativas do clube carioca. Em nota, o presidente do STJD, Otávio Noronha reforçou os critérios para um possível adiamento e mencionou que o Flamengo ocupou uma “posição de protagonismo” na retomada do futebol brasileiro.
Segundo o jornalista Paulo Vinicius Coelho, o PVC, desde a reunião realizada na quinta-feira (24/09) os clubes sentiram-se incomodados. Na reunião, o presidente da CBF, Rogério Caboclo entre outras críticas ressaltou que o Campeonato Brasileiro “não será refém de um só clube, como foi no Carioca”. Na reunião, determinou que os jogos só seriam adiados caso os times não pudessem escalar no mínimo 13 jogadores. Também ficou determinado que os clubes poderiam relacionar 50 jogadores. Anteriormente, eram 40.
Ainda assim, no dia seguinte o Flamengo decidiu entrar no STJD solicitando o adiamento da partida. Não conseguiu mas viu o relacionamento com a CBF e as outras equipes se deteriorar. Coube a Justiça do Trabalho a decisão em adiar o jogo que ainda estabeleceu uma multa de 2 milhões de reais caso o jogo aconteça. A CBF e vários outros times ficaram irados com a decisão.
Uma das justificativas da CBF é que o Flamengo tem elenco o suficiente para colocar em campo na partida e que outras equipes passaram pela mesma situação e mesmo assim colocaram seu plantel em campo. “Nós temos trabalhado muito nisso: para nós, da CBF, não tem diferença entre Goiás e Flamengo, Atlético-MG e Bahia, todos são tratados de forma absolutamente igualitária”, afirmou o secretário-geral da CBF Walter Feldman, em entrevista à Rádio Bandeirantes na última quarta-feira. Feldman se referia ao jogo pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, em que o Goiás teve 15 jogadores em desfalque para o jogo contra o Athlético Paranense.
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