O Governo de Goiás e a Enel Brasil S.A selaram hoje a privatização da Celg. Em solenidade no Palácio Pedro Ludovico Teixeira nesta tarde, o governador Marconi Perillo e diretores da Enel assinaram o contrato de privatização da companhia. O montante que coube a Goiás já foi depositado hoje mesmo na conta do governo estadual: R$ 1.104.303.365,93. A Eletrobrás, que detinha 51% das ações da Celg, recebeu R$1.065.266.144,40. Segundo a diretoria da Enel, a Eletrobrás receberá, ainda, cerca de R$ 82 milhões da oferta dos empregados.
Diretor global de Infraestrutura e Rede da Enel, Livio Gallo afirmou que o objetivo da empresa é transformar a Celg na distribuidora de energia número Um do País. Além do valor pago pelo arremate da companhia, a Enel pagará R$ 4 bilhões em dívidas da Celg e investirá R$ 800 milhões de dólares na melhoria do sistema de energia. A prioridade, conforme destacou Livio Gallo, é investir na modernização e na expansão do sistema de distribuição. Ele pontuou que a ENEL está investindo na modernização de sua rede de distribuição no Brasil cerca de 3 bilhões de euros, pelos próximos três anos. “Estamos aplicando no Brasil as mais avançadas técnicas de automação de rede de distribuição para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Em Goiás, identificamos uma grande oportunidade de crescimento e patamares acima da média nacional”, disse.
O sistema será modernizado com tecnologias de distribuição, tais como o de automação de rede, de medidores eletrônicos e inovação tecnológica, integrando o conceito de redes inteligentes. “Vamos aumentar os investimentos em Goiás para melhorar a qualidade, modernizar e digitalizar a rede para acelerar a captação de novos clientes para o Estado. Nosso projeto é baseado na sustentabilidade do negócio e na satisfação dos nossos clientes a longo prazo. Além de modernizar e expandir a rede de distribuição, vamos ampliar na região a oferta de soluções de valor agregado, como sistema de geração distribuída com energia fotovoltaica. Os consumidores serão beneficiados pelas melhorias a serem implementadas na rede de distribuição. Nosso objetivo é fazer da Celg a distribuidora número Um do Brasil”, disse o diretor global.
Diretor da Enel para o Brasil, Carlo Zorzoli disse que a empresa não vai se ater somente aos investimentos previstos, mas trabalhará também para estabelecer novas conexões, e atender a demanda reprimida. “Goiás é um estado com uma economia vibrante, e precisa de mais energia. O primeiro passo é investir em tecnologia que permita melhorar a qualidade do serviço para reduzir o prazo de falta de energia, quando falta energia”, explicou. O governador Marconi Perillo completou que a Enel também atuará para universalizar a energia no campo, que hoje é 90% universalizada. Ele acrescentou, ainda, que o Governo de Goiás prepara o cronograma de investimentos que realizará com os recursos da privatização da Celg.
A Enel opera em geração e distribuição de energia por meio da Enel Brasil e suas subsidiárias. No setor de distribuição, opera no Rio de Janeiro (Enel Distribuição Rio), e no Ceará (Enel Distribuição Ceará). Ambas atendem a cerca de sete milhões de clientes. “Hoje podemos dizer que além de cariocas e cearenses somos goianos com muito orgulho. Temos certeza de que a Enel trará muita alegria para a sociedade goiana e para os acionistas”, afirmou Livio Gallo. Em Goiás, a Enel também administra Cachoeira Dourada, hidrelétrica de 658 MW.