Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) investiga a distribuição percentual por classe de rendimento em Goiás. De acordo com o órgão, em 2021, 67% da população goiana é de cor preta ou parda. Porém, 76,6% dos 10% com menores rendimentos são pessoas pretas ou pardas. A diferença entre elas chega a mais de R$ 800 em ocupações formais.
Diferença essa que é possível ver no mercado de trabalho. O rendimento médio real habitual do trabalho principal das pessoas de 14 anos de idade ou mais, ocupadas em Goiás foi de R$ 2.215. Por cor ou raça, a diferença entre as pessoas de cor branca e pessoas de cor preta é de R$ 772. O rendimento das pessoas de cor branca é de R$ 2.630, de cor preta é R$
1.858 e de cor parda R$ 2.045.
Nos trabalhos formais, essa diferença é ainda maior. O rendimento das pessoas de cor branca é de R$ 3.043, enquanto as pessoas de cor preta ganham R$ 2.226, diferença de R$ 817. A pesquisa mostra que a taxa de desocupação e informalidade é mais acentuada entre pretos e pardos.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021 – PNADC 2021, em
Goiás, havia 7,2 milhões de habitantes, sendo 58,7% de cor parda, 32,5% de cor branca e 8,3 de cor preta. Esses percentuais se aproximam da média nacional, em que 47,0% da população se se considera de cor parda, 43,0% se considera de cor branca e 9,1% se considera de cor preta.
A PNADC também levanta dados sobre formalidade no mercado de trabalho. Em Goiás, 57,7% das pessoas ocupadas estavam em serviços formais. Isso significa que 42,3% se encontravam na informalidade. Em 2012, a taxa de informalidade era semelhante, 42,4%.
A análise por cor ou raça mostra que a formalidade atingia 59,5% das pessoas de cor branca ocupadas em 2021, enquanto esse índice das pessoas de cor preta era de 55,0% e das pessoas de cor parda era de 57,2%. Em outras palavras, a informalidade abrangia 40,5% das pessoas de cor branca, 45,0% das pessoas de cor preta e 42,8% das pessoas de cor parda.
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