Desemprego e informalidade crescem em Goiás

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última sexta-feira (14), mostram o crescimento do desemprego em Goiás no último trimestre do ano passado. Segundo a pesquisa, a taxa de desocupação atinge 10,4% da população ativa no estado, contra 8,2% no mesmo período de 2018.

Se comparada ao terceiro trimestre de 2019, a taxa se manteve estável, com redução de 10,8% para 10,4%.

Em 2019, o estado fechou o ano com 10,6% da taxa média de desemprego contra 9,2% em 2018. Goiás vai na contramão da média nacional, que recuou de 12,3% para 11,9% no período.Preocupa também a alta taxa de informalidade no estado. 41,3% dos trabalhadores atuaram sem carteira ou CNPJ. Eles integram a maior parte do mercado de trabalho atualmente.

Em números absolutos, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a população desempregada em Goiás aumentou 32% no quarto trimestre, em relação ao mesmo período de 2018. Antes, eram 300 mil e o número subiu para 396 mil pessoas ao fim do ano passado.

Ainda conforme o IBGE, 1,265 milhão de goianos trabalhavam na informalidade em 2016 contra 1,408 milhão em 2018.

Os dados refletem a lenta recuperação de setores da economia após a grave crise. O comércio, por exemplo, cresceu apenas 0,5% no ano passado e em 2018, depois de quedas de 10,2% em 2015, 9,3% em 2016 e 8,7% em 2017. A indústria cresceu 2,9% em 2019, depois de cair 4,7% em 2018. O setor de serviços caiu pela quinta vez seguida.

Goiânia

A capital ainda apresenta bons números. Apesar da taxa média de desocupação na cidade ter subido de 5,7% no quarto trimestre de 2018 para 7,3% em 2019, Goiânia é a terceira capital com o menor índice de desemprego no país.