22 de dezembro de 2024
Brasil

Derrota de Cunha, Leonardo Picciani retoma liderança do PMDB

Leonardo Picciani retoma líder do PMDB na Câmara. (Foto: Agência Brasil)
Leonardo Picciani retoma líder do PMDB na Câmara. (Foto: Agência Brasil)

A Secretaria Geral da Câmara dos Deputados confirmou o apoio dos 36 deputados do PMDB à retomada de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do partido na Casa, tirando o presidente Eduardo Cunha da posição. A relação foi protocolada nesta quinta-feira (17).

“Houve um entrave burocrático. A Mesa estava reconhecendo as assinaturas anteriores. Mas os próprios deputados esclareceram que o apoio se tratava à lista presente”, afirmou Leonardo Picciani.

A mudança na liderança do PMDB na Câmara ocorreu quando uma ala do partido se declarou contrária ao governo e criticou as indicações de Picciani para compor a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

O grupo acusou Picciani de descumprir acordo feito com a bancada e compor a relação de acordo com orientações do Palácio do Planalto. Com 35 assinaturas, elegeram o deputado Leonardo Quintão (MG) como novo líder no dia 9 deste mês.

A recondução de Picciani é atribuída à mudança de posição de três parlamentares e o retorno à bancada de alguns filiados que ocupavam cargos executivos no estado do Rio de Janeiro. Entre os deputados fluminenses, estão Marco Antonio Cabral, que estava no comando da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do estado, e Pedro Paulo Carvalho, que era Secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro.

Com Picciani novamente na liderança, o PMDB na Câmara deve enfrentar dias de impasse até a eleição de novo líder, marcada para fevereiro de 2016. Lúcio Vieira Lima (BA), um dos protagonistas da substituição de Picciani por Quintão, alertou hoje que grande parte dos peemedebistas não se sente representado.

“Foi uma bancada artificial [que apoiou a volta de Picciani]. Demitiram secretários para formar a maioria. Podemos dizer que ele é um líder paraguaio, porque não foi legitimado pela bancada que realmente atua nesta Casa”.

Com informações da Agência Brasil

 


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