12 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:47

Deputados lançam manifesto pedindo renúncia de Cunha

O argumento dos deputados é de que não é possível analisar ainda o projeto infraconstitucional. (Foto: Agência Brasil)
O argumento dos deputados é de que não é possível analisar ainda o projeto infraconstitucional. (Foto: Agência Brasil)

Brasília – Menos de uma hora depois da Procuradoria Geral da República denunciar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao Supremo Tribunal Federal, um grupo parlamentares do Psol, PSB e PT convocou a imprensa para divulgar um manifesto que pede o afastamento do peemedebista do cargo.

“A responsabilidade de dirigente maior de uma das casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados”, diz o manifesto, que foi intitulado “Em Defesa da Representação Popular”.

Sem citar nomes, o documento afirma que parlamentares de dez partidos endossam a iniciativa: Psol, PSB, PT, PPS, PDT, PR, PTB, PSB, Pros e PMDB. Segundo o deputado Chico Alencar (RJ), líder do Psol, o peemedebista que subscreve a iniciativa é o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

“A denúncia do procurador é muito robusta e sólida. As evidências das ilegalidades graves que o presidente da Câmara cometeu são cada vez maiores”, afirma o deputado Henrique Fontana (PT-RS). “Nas últimas semanas, ele (Cunha) já utilizou a Presidência da Casa ativando a Advocacia Geral da União para tentar anular um processo de busca e apreensão que o Ministério Público havia feito”, justificou o parlamentar petista.

Os deputados prometem se revezar na tribuna do plenário na semana que vem para pedir o afastamento e constranger o presidente da Casa. “Essa é uma primeira lista feita em uma quinta à tarde, meia hora depois de termos acesso a denúncia. Vamos registrar o documento nos anais da Casa e combinaremos uma estratégia conjunta. Uma delas é não nos dirigirmos mais ao presidente da Casa, mas sim aos deputados e deputadas (na sessões). Não reconhecemos a legitimidade se ele (Cunha) tiver a insensatez de permanecer no cargo”, afirma o deputado Chico Alencar (psol-RJ).

(Estadão Conteúdo)

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