Deputados do Cidadania decidiram durante reunião neste sábado (14), que vão ficar fora da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Câmara. De acordo com os parlamentares eles manterão uma posição de independência em relação ao Palácio do Planalto, apesar de o diretório nacional ter aprovado o apoio “incondicional” ao petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Com cinco deputados na próxima legislatura, a legenda, presidida nacionalmente por Roberto Freire, formou em maio do ano passado uma federação com o PSDB, e articula uma junção com o Podemos, que anunciou em novembro a incorporação do PSC.
Em um vídeo divulgado neste sábado pelo líder do partido na Câmara, deputado Alex Manente (SP), ele afirma que o Cidadania vai lutar pela democracia, e não necessariamente pelo Lula. “Não vejo neste momento condições de nós não lutarmos pela democracia, mas não significa que é lutar pelo Lula. O Lula não significa sozinho a democracia no Brasil”, disse.
Já em nota, assinada pelo deputado, ele diz que a bancada na Câmara atuará na defesa de propostas que se alinhem ao programa partidário e aos princípios do Cidadania. “Defendemos ainda a sustentabilidade em toda sua compreensão, como também a responsabilidade fiscal e as reformas modernizadoras do nosso país”.
Vale lembrar que o Cidadania apoiou o Lula durante o segundo turno da eleição presidencial contra o então presidente Bolsonaro. Na primeira etapa da disputa, a sigla integrou a coligação da agora ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), que também apoiou o petista no segundo turno.
Portanto, no Senado Federal a única parlamentar do Cidadania que fará parte da base lulista, será Eliziane Gama (MA) porque ela agora integra o Conselho Político da equipe de transição.