07 de agosto de 2024
Investigação

Deputados americanos acionam Biden e pedem que FBI investigue ataques em Brasília

Legisladores democratas dos EUA e partidos brasileiros acusam o ex-presidente americano Donald Trump de ''encorajar'' Bolsonaro a contestar os resultados das eleições
Parlamentares americanos pedem FBI investigação de atos em Brasília. (Foto: Facebook/Joe Biden)
Parlamentares americanos pedem FBI investigação de atos em Brasília. (Foto: Facebook/Joe Biden)

Além do pedido para revogar o visto diplomático do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos EUA desde o dia 30 de dezembro de 2022, deputados americanos pediram, através de uma carta que foi encaminhada ao presidente Joe Biden nesta quarta-feira (11), que o Departamento de Justiça responsabilize quaisquer brasileiros bolsonaristas que moram na Flórida e que possam ter financiado ou apoiado os crimes violentos de 8 de janeiro, em Brasília.

Além disso, os deputados também pedem que o FBI, a Polícia federal americana, investigue quaisquer ações que tenham sido tomadas em solo dos Estados Unidos para organizar os ataques ao governo brasileiro.

Vale lembrar que na última segunda-feira (9), o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, ressaltou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não pode permanecer nos EUA com o visto de chefe de Estado que ele usou para entrar no país. Portanto, Bolsonaro tem até o final deste mês para mudar a categoria do visto, caso contrário ele ficará em situação irregular e pode até ser deportado.

Na última quarta-feira, um grupo de legisladores democratas dos EUA e brasileiros de vários partidos divulgou uma declaração conjunta onde acusa o ex-presidente americano Donald Trump e ex-assessores a “encorajarem Bolsonaro a contestar os resultados das eleições no Brasil.

Os legisladores apontam semelhanças entre os ataques ao Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro de 2021, e os ao Congresso, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto, em Brasília, no último domingo (8).

Bolsonaro antecipa retorno

Após rumores de extradição, suposta internação em hospital norte-americano e posts polêmicos nas redes sociais, a expectativa é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retorne dos Estados Unidos ao Brasil no final de janeiro, a expectativa é que o ex-presidente passaria pelo menos três meses nos EUA. A informação foi confirmada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao colunista do Metrópoles, Guilherme Amado.

De acordo com Amado, o presidente do partido de Bolsonaro manteve contato com o ex-presidente e afirmou que ele não está incomunicável, como alegado por seu filho, Flávio Bolsonaro. O ex-chefe do executivo está de férias no país norte-americano desde o final de dezembro, enquanto bolsonaristas promovem ataques à democracia brasileira.

Nesse meio tempo, Bolsonaro foi visto cumprimentando apoiadores em condomínio na Flórida e manteve a rotina de publicações no Twitter, inclusive, com informações diárias sobre seu governo. Mesmo passados onze dias após a posse do novo presidente eleito, ele continua com a mesma descrição em seu perfil nas redes, como “presidente da República do Brasil”.


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