De iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT), em parceria com movimentos sociais do campo, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), promove na manhã desta terça-feira (2), a audiência pública “A Violência no Campo e o Papel do Estado”, que visa debater a violência vivida pelas famílias acampadas no estado de Goiás.
O objetivo é “encontrar uma solução para a violação de direitos humanos dessas pessoas em situação de vulnerabilidade social, que reivindicam a terra por meio da reforma agrária, prevista na legislação brasileira”.
“O objetivo é ter uma relação menos conflituosa em todas as movimentações que tem hoje no campo por parte dos trabalhadores que lutam pela reforma agrária. E com isso avançarmos a presença de uma relação com respeito aos Direitos Humanos e a decisão dos trabalhadores quando temos os conflitos estabelecidos evitando situações graves como está acontecendo em Formosa, Ipameri e outros lugares onde entendemos que essa mediação não está acontecendo”, destaca Mauro Rubem.
De acordo com os promotores da audiência, denúncias apresentadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade criada em 1975 e vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mostram que a Polícia Militar de Goiás, em muitos casos acompanhada de fazendeiros locais, esteve em acampamentos de reforma agrária, destruindo barracos onde vivem famílias.
Esses procedimentos teriam sido realizados sem qualquer tipo de investigação prévia ou documento judicial, desrespeitando a ordem do Estado Democrático de Direito.