09 de janeiro de 2025
Cerimônia • atualizado em 08/01/2025 às 16:01

“Democracia venceu e ainda estamos aqui”, diz Lula em ato contra o golpismo no Palácio do Planalto

Lula destacou que a permanência no poder representa a vitória da democracia sobre os atos golpistas
Cerimônia contou com a presença de ministros, parlamentares, governadores, representantes dos Três Poderes e comandantes das Forças Armadas. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil).
Cerimônia contou com a presença de ministros, parlamentares, governadores, representantes dos Três Poderes e comandantes das Forças Armadas. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil).

“Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023.” Com essas palavras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu, nesta quarta-feira (8), a cerimônia no Palácio do Planalto que marcou os dois anos da tentativa frustrada de golpe de Estado.

Lula destacou que a permanência no poder representa a vitória da democracia sobre os atos golpistas. “Estamos aqui para lembrar que, se estamos aqui, é porque a democracia venceu. Caso contrário, muitos de nós talvez estivéssemos presos, exilados ou mortos, como aconteceu no passado. E não permitiremos que aconteça outra vez.”

A cerimônia contou com a presença de ministros, parlamentares, governadores, representantes dos Três Poderes e comandantes das Forças Armadas, a quem Lula fez questão de agradecer pela postura durante os acontecimentos.

Antes do discurso, Lula recebeu de volta 21 obras de arte e peças culturais do Palácio do Planalto, que haviam sido vandalizadas durante a invasão em 8 de janeiro de 2023. Entre os itens restaurados estão um relógio suíço do século 18, que pertenceu a Dom João VI, e a pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti.

Democracia como obra em construção

Lula ressaltou que a democracia é uma construção contínua e deve ir além dos discursos. “Democracia para poucos não é democracia plena. Por isso, a democracia será sempre uma obra em construção. A democracia será plena quando todos os brasileiros tiverem acesso à alimentação, saúde, educação, segurança, cultura e lazer.”

O presidente também enfatizou a necessidade de garantir direitos para minorias e grupos historicamente oprimidos. “A democracia será plena quando todos sejam iguais perante à lei, quando a pele negra não seja alvo da truculência do Estado, quando os povos indígenas tiverem direito às suas terras e culturas, e quando as mulheres conquistarem igualdade de direitos.”

O ato simbolizou não apenas a lembrança de um momento crítico da história recente do país, mas também um compromisso renovado com a defesa da democracia brasileira.


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