22 de dezembro de 2024
Mais uma vez

Defesa de Maurício Sampaio abandona sessão e julgamento do caso Valério é novamente adiado

Representação do advogado para afastamento dos promotores foi, entretanto, arquivada pelo CNMP
Tribunal de Justiça de Goiás. Foto: Wagner Soares/TJGO
Tribunal de Justiça de Goiás. Foto: Wagner Soares/TJGO

A primeira sessão do julgamento dos acusados pela morte do jornalista Valério Luiz foi novamente adiada, nesta segunda-feira (2). O motivo, desta vez, se deu pelo fato de a defesa de Maurício Sampaio, o advogado Luiz Carlos da Silva Neto, ter abandonado o local do júri. A audiência deverá acontecer em julho deste ano.

A defesa de Sampaio, que assumiu o caso há cerca de 20 dias, já havia afirmado, no último dia 25, que entraria com ações junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitando o afastamento dos promotores da acusação e do juiz que irá conduzir o julgamento e alegou que deixaria a sessão caso não tivesse seu pedido acatado.

“Estou vendo barbaridades nesse processo, em que foi ceifado o direito do réu de se defender”, justificou, na data, o advogado. “Se o juiz insistir em fazer esse júri com esses membros do Ministério Público, nós não avançaremos na confecção desse julgamento porque entendo que tanto o juiz quanto o Ministério Público são parciais e devem se afastar do processo”, acrescentou a defesa de Sampaio.

O CNMP, entretanto, deferiu pelo arquivamento da representação de Luiz Carlos Neto Silva contra os promotores, pelo fato de não constituírem ilícitos disciplinares. “Não se verifica a ocorrência de faltas funcionais atribuíveis aos membros requeridos, sendo, portanto, caso de arquivamento da presente Reclamação Disciplinar”, pontua o documento.

Cinco réus seriam submetidos ao julgamento do caso, na presente data. Além de Maurício Sampaio, tido como mandante, estão o sargento da Polícia Militar, Ademá Figueredo Aguiar Filho, suposto atirador; Djalma Gomes da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier são apontados como articuladores do crime.

A primeira sessão do julgamento foi adiada pela terceira vez em março. A decisão se deu pelo fato de Ney Moura Teles, advogado do empresário, que acompanhava o caso desde o início, ter deixado o caso às vésperas do julgamento. Seu substituto à época, Thales Jayme solicitou, entretanto, um prazo para analisar o processo, acatado pelo juiz. Anterior a isso, a audiência teria sido adiada em razão da pandemia da Covid-19.

O jornalista Valério Luiz foi assassinado em 5 de julho de 2012, na porta da então Rádio 820 AM, hoje Rádio Bandeirantes, onde a vítima trabalhava como comentarista esportivo. Segundo o Ministério Público, o homicídio teria sido motivado pelas críticas do jornalista à diretoria do Atlético Clube Goianiense.


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