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Cidades
| Em 3 anos atrás

Decretada prisão preventiva de PMs envolvidos em ação que efetuou 58 disparos e matou quatro pessoas em Cavalcante

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A partir do requerimento do Ministério Público de Goiás (MPGO) e pela Promotoria de Justiça de Cavalcante, foi determinada pela Vara Criminal, a prisão preventiva de sete policiais militares suspeitos terem provocado as mortes de Alan Pereira Soares, Ozanir Batista da Silva, Antônio Fernandes da Cunha e Salviano Souza Conceição, ocorridas na zona rural de Cavalcante, em 20 de janeiro deste ano. A decisão foi divulgada pelo órgão nesta sexta-feira (25/02).

Todos são lotados no 14º Batalhão da Polícia Militar do Estado de Goiás. No pedido de prisão preventiva dos policiais militares, o MPGO afirma que as medidas cautelares diversas da prisão não são suficientes para resguardar a ordem pública nem garantir a normal instrução criminal no caso. Afirmou também que a narrativa dos fatos, apresentada pelos policiais militares no registro de atendimento integrado (RAI), não encontra amparo nas provas documentais, periciais e testemunhais que estão no inquérito policial (IP). 

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O inquérito policial está em fase final de conclusão pela Delegacia de Investigação de Homicídios, em Goiânia. Segundo o IP, a versão dos policiais militares é de que foram até o local do crime para apurar suposta denúncia de tráfico de drogas. Eles ainda  informaram que encontraram, no local, grande quantidade de pés de maconha e que sete pessoas que lá estavam não obedeceram aos comandos de rendição e efetuaram disparos de arma de fogo. Os PMs teriam revidado, o que provocou a morte de quatro pessoas, enquanto outras três conseguiram fugir.

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O IP apontou que os policiais militares informaram ter efetuado 58 disparos. Perícia realizada pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica encontrou apenas 5 estojos de munição no local. Na área onde ocorreu a ação, de 4 metros quadrados, foram encontradas 11 espécies de plantas, das quais 4 eram de maconha.

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Na manifestação do MPGO, foi ressaltado que, conforme apurado em investigação própria, testemunhas foram procuradas por alguns dos militares envolvidos em nítida tentativa de intimidação e ameaça, o que caracterizaria a necessidade da prisão preventiva para garantir a normal instrução criminal, bem como para resguardar a integridade física e psicológica das testemunhas.

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