A Polícia Civil de Goiás conseguiu nesta segunda-feira (09/11) junto ao Poder Judiciário a quebra telemática do usuário que por meio do aplicativo de entregas iFood proferiu ataques racistas à um entregador. O aplicativo então, terá que revelar o perfil que efetuou as ofensas. O processo judicial caminha de forma sigilosa e urgente. A empresa poderá recorrer, mas ressaltou que dentro da legislação vigiente por meio do Marco Civil da Internet, “enviará as informações disponíveis”.
A Polícia Civil também comunicou que a decisão judicial já foi encaminhada à empresa iFood nesta mesma segunda-feira e aguarda o fornecimento dos dados solicitados nos próximos dias. A reportagem do Diário de Goiás já entrou em contato com a assessoria de comunicação. Confira o posicionamento na íntegra:
O iFood recebeu a ordem judicial na tarde desta segunda-feira (09/11) e, seguindo a legislação vigente, diante do Marco Civil da Internet, enviará as informações disponíveis dentro do prazo requerido. A empresa reitera que repudia o racismo e atos de discriminação racial e continua à disposição das autoridades para a investigação.
Entenda o caso:
O caso aconteceu no último dia 25 de outubro, em Goiânia. O motoboy que trabalha em uma hamburgueria da capital foi realizar uma entrega no Residencial Aldeia do Vale. Antes dele entrar, a cliente pediu a substituição por um entregador branco. “Não vou deixar esse macaco entrar no meu condomínio”, escreveu.
O caso foi denunciado à Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurá-lo. A defesa do Aldeia do Vale informou que os dados do suposto cliente não batem com o de nenhum morador, incluindo o endereço fornecido.
O iFood reitera que já baniu o usuário que proferiu as ofensas do aplicativo e que já repassou os dados do usuário. “A empresa segue a legislação vigente e, diante do Marco Civil da Internet, aguarda a ordem judicial que autoriza ceder demais informações de terceiros”, pontua. A assessoria de imprensa do aplicativo sempre ressaltou que repudia qualquer ato de racismo e “continua à disposição das autoridades para a investigação”.
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