18 de novembro de 2024
MENOS ESTRAGOS • atualizado em 14/09/2023 às 17:19

De 60 mil, Goiânia passa a conviver com 3 mil buracos

Monitoramento por empresa foi criticado no início, mas prefeitura apresenta números para comprovar vantagens da inteligência artificial
Serviço facilitou operações realizadas pelas equipes da Seinfra (Foto Prefeitura de Goiânia)
Serviço facilitou operações realizadas pelas equipes da Seinfra (Foto Prefeitura de Goiânia)

A ferramenta de monitoramento das ruas e avenidas de Goiânia, contratada pela Prefeitura da Capital em fevereiro, tem surpreendido a área de planejamento, dando mais efetividade aos trabalhos de manutenção urbana. Um exemplo foi no número de buracos, mapeados em 60 mil no início do levantamento, em março, e agora em 3 mil.

A informação veio do secretário municipal de Infraestrutura, Denes Pereira, durante entrevista ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, esta semana. Goiânia foi a primeira capital a contratar os serviços da empresa, a Mapzer, que utiliza um “carro robô” para o mapeamento à base de inteligência artificial.

Denes Pereira exemplifica que o monitoramento tem contribuído para agilizar a correção também de bocas de lobo entupidas, de recapeamento asfáltico, entre outros serviços.

Tipos de ocorrência

No total, a plataforma identifica 21 tipos de ocorrências, dentre elas: buracos nas vias; asfalto danificado; sinalização viária irregular, danificada ou apagada; lixo irregular, materiais de construção, equipamentos e veículos obstruindo vias e calçadas; caçambas de entulhos dispostas em área irregular; entulhos dispostos em via ou calçada; mato alto; animais mortos nas vias ou calçadas e placas comerciais irregulares.
A rapidez na manutenção é possível na medida em que a ferramenta antecipa à prefeitura os pontos com problema e as equipes podem se dirigir a eles organizadas para o volume exigido de serviços. O resultado, como mostrou reportagem do Diário de Goiás em maio, já era de queda de 33% no número de buracos, por exemplo.

Previsão antecipada

Conforme o secretário, antes de partir para determinada região da cidade, as equipes já sabem, por exemplo, o volume de massa asfáltica ou guias de meio-fio, tampas de boca de lobo e de pvs (poços de visita) que serão necessárias para os problemas mapeados pela inteligência artificial.

No mutirão que transcorre no final desta semana na Região Noroeste, por exemplo, houve o mapeamento antecipado e isso agilizou a realização dos serviços na parte de infraestrutura, que já estão em andamento.

“Com as ferramentas de tecnologia podemos avançar e otimizar o serviço público, podemos mapear em tempo real esse serviço”, afirma o secretário, completando que “temos tido muito sucesso”. A chave, salienta, é a possibilidade de antecipar qual a quantidade de insumos, mão de obra e tudo o que for necessário antes de partir para a operação nas ruas da cidade.

Polêmica superada e canais ativos

Altair Tavares entrevista Denes Pereira, secretario de Infraestrutura

Segundo Denes Pereira, a polêmica inicial quanto ao preço do contrato (cerca de R$ 2 milhões) foi natural pela novidade que o serviço envolvia e que, inclusive, era prestado somente por esta empresa, nacionalmente. Com os resultados positivos ilustrados nos números, as críticas sumiram.

Outra observação que o secretário faz é que as equipes de outros órgãos como a Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) usufruem das informações fornecidas pelo “carro robô”.

Além disso, salienta, os canais para que a população solicite normalmente os serviços, como pelo aplicativo Prefeitura 24h (WhatsApp 9-8493-7229) continuam ativos.


Leia mais sobre: / / Cidades / Goiânia