Não pegou nada bem a proposta que o Governo de Goiás apresentou aos servidores estaduais para pagamento da data-base atrasada. Longe dos 25,53%, o percentual de 5,5% foi recebido com indignação entre todos os envolvidos no debate. A avaliação é que seria melhor o Palácio deixar tudo como estava e não apresentar nenhum indicativo de acordo. “Isso é um absurdo diante de tudo que temos vivido”, pontuou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), Paulo Sergio Alves de Araújo ao Diário de Goiás nesta quarta-feira (23/02).

Ele pontua que irá aguardar a nova rodada de reuniões, prevista para acontecer na próxima quinta-feira (03/03) e que espera um “insight de lucidez” do Governo em uma nova proposta que seja “minimamente aceitável”. Do contrário, existe a possibilidade até mesmo de paralisação dos serviços entre os Policiais. “Vamos aguardar a segunda proposta do governo acreditando que possa haver um insight de lucidez para que eles considerem que aumente bastante esse índice. Se não vier, aí sim, vamos criar uma possibilidade de paralisação”, destacou.

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Paulo pontua que os servidores da segurança pública sentem-se usados pelo governador Ronaldo Caiado, afinal de contas o democrata arrota para todos os lados que os índices de criminalidade diminuíram durante sua gestão. “Não foi o governador que diminuiu os números. Foram os policiais.  A gente se sente usado. 5,5 não é data-base. A data-base devida por esse governo é 25%. É um absurdo utilizar os líderes classistas dessa forma. Ele diz que os policiais da corporação são os melhores do Brasil, mas são tratados dessa forma?”, indaga. 

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A presidente do Sintego, Bia de Lima, também contestou a proposta. “Foi pífia de 5,53% e nesse sentido todas as entidades estão reunidas com o único propósito de dizer ‘isso não responde a nenhuma data-base’ e é por esse motivo que continuamos as negociações”. Agora, as entidades vão se reunir novamente com o Governo na próxima quinta-feira (03/03). A esperança do Forum é que um acordo possa acontecer. “Na expectativa que o Governo tenha uma proposta pelo menos palatável já que este esses 5,53% não conferem sequer a inflação do último período. Assim não é possível e a resposta foi dada ao governo”, pontua.

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Do outro lado, o Governo de Goiás:

Por meio de nota, o Governo destaca que o assunto continua sendo discutido de “de forma aberta e transparente” e que a proposta apresentada nesta quarta-feira (23/02) levou em consideração “a situação fiscal do Estado e as limitações impostas pela LRF, LE e o RRF. Veja o posicionamento na íntegra.

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O Governo de Goiás continua discutindo de forma aberta e transparente com o funcionalismo público o índice de reajuste salarial.

Uma primeira proposta foi apresentada, nesta quarta-feira (23/2), aos representantes dos servidores. Toda a negociação está sendo feita considerando a situação fiscal do Estado e as limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Eleitoral e pelo Regime de Recuperação Fiscal.

O diálogo com os representantes dos servidores continuará nos próximos dias, em busca de um consenso.


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