De sensação do Campeonato Goiano a equipe com a maior crise do torneio, esse é o Vila Nova. O colorado conquistou três vitórias consecutivas no início do Goianão e criou uma boa pontuação, mas o desempenho do Tigrão caiu veementemente da metade do primeiro turno para cá. Hoje o Vila é o sexto colocado, um ponto atrás de Grêmio Anápolis, equipe que derrotou o colorado por 2 a 0 neste domingo, 17, e do Atlético, ambos com 14 pontos.
Depois da derrota no Jonas Duarte nenhum jogador nem o técnico Darío Pereyra concederam entrevista coletiva, contudo, o presidente do clube, Marcos Martinez disse a repórteres que haverá uma reunião da segunda-feira que irá definir o futuro do treinador, que já é bastante contestado, principalmente pela torcida.
O clima ficou ainda mais tenso depois que um grupo de cerca de 50 torcedores entraram no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga com autorização da diretoria para se manifestar contra o elenco e comissão técnica. O grupo entoou diversas palavras de ordem contra os jogadores, riscaram o carro do preparador físico José Roberto Portela e, talvez o mais grave, atiraram fogos de artifício no gramado, forçando Darío a encerrar seu treinamento antes do previsto.
Pela cultura do futebol brasileiro, e também do Vila Nova, o treinador deve ser demitido. Contudo, provavelmente essa ação não irá resolver os problemas do Tigrão. O colorado já contratou mais de 20 jogadores só na atual temporada, Darío pegou um time do zero, montou, e aos poucos tentar dar características próprias ao elenco. Ninguém conhece o plantel melhor do que ele, outro treinador também irá começar do zero, já que o Vila hoje não tem um estilo e padrão de jogo definido, e começar tudo de novo na última metade da competição não é o caminho mais lógico.