Após repercussão em função de uma visita de Daniel Vilela (MDB), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado do ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL), e posterior divulgação de nota de repúdio, publicada pelo diretório regional da sigla, o vice-governador de Goiás manifestou, por meio das redes sociais, sua opinião a respeito do assunto.
Vilela reforçou o seu apoio a Vitor Hugo e salientou ter se tratado de uma visita sem interesses políticos. “Eu fiquei, sinceramente, muito surpreso com a repercussão, com a necessidade de o partido se manifestar através de uma nota por uma simples visita a um líder político, líder das pessoas, inclusive, que emitiram essa nota”, disse.
O vice-governador destacou o ex-parlamentar como “uma pessoa altamente preparada, reconhecida de forma especial em Brasília pela sua capacidade de articulação política”. Em seguida, frisou que o diálogo com Bolsonaro se deu em prol do futuro não só do Estado, mas também do País. “O nosso objetivo é construir um cenário de unidade do campo do centro e da direita”, frisou.
“Obviamente, 2026 está muito distante. Ninguém foi lá para pedir partido, para garantir candidatura. Ninguém pode garantir nada de forma tão antecipada e isso foi colocado, também, entre eu e o ex-presidente Bolsonaro. Vamos continuar conversando, pensando no futuro para o nosso país e para o nosso estado”, acrescentou o governador.
Vilela relatou ainda uma anterior tentativa de diálogo, sem sucesso, com o senador e líder do PL goiano, Wilder Morais, responsável pela nota de repúdio divulgada contra Vitor Hugo, visando parcerias políticas. “Eu, no início do ano, no ano passado, em alguns eventos, disse ao senador Wilder, presidente do PL, que nós deveríamos conversar para a gente poder pactuar aí e construir candidaturas de forma conjunta pelo Estado. Ele ficou de me retornar, mas nunca retornou”, disse.
“Deve ter suas razões. Tinha sua estratégia política porque entendia que 2024 não fazia sentido a gente antecipar qualquer possível disputa de 2026. Esse não foi o pensamento dele e tudo aconteceu como vocês sabe. Mas eu queria, aqui, reforçar através desse vídeo, que o que nós fizemos foi algo normal, corriqueiro, e que todos os partidos e líderes políticos que têm maturidade e inteligência fazem, que é dialogar, conversar. Se vão estar juntos em um processo eleitoral, ou não, é outra história”, salientou o vice-governador.