Dani Alves está em casa. Baiano de Juazeiro, o capitão da Seleção Brasileira vai jogar mais uma vez na sua terra, para o seu povo. O experiente lateral, de 36 anos, encara o retorno às suas raízes com a sensação de dever cumprido. É como explicou em coletiva de imprensa, no hotel onde a delegação do Brasil está hospedada, em Salvador.
– Voltar para casa é poder comemorar tudo o que fiz durante todos os anos da minha profissão. Quando volto aqui, sinto algo diferente. Sinto alívio por ter feito o que eu sonhei fazer. Sou o filho da terra que saiu, fez e continua fazendo. Sempre quis orgulhar os meus pais. Esse é o maior título que eu pude conquistar. Isso vem em primeiro lugar.
Com a camisa da Seleção, Dani já acumula 111 jogos. É o único do grupo convocado para a Copa América no Brasil que já conquistou a competição, em 2007. O lateral, no entanto, explica que seu “livro ainda tem páginas a serem escritas”, principalmente no capítulo sobre a Seleção.
– Não me permito olhar muito para frente pois a gente esquece de olhar o agora. A oportunidade de estar aqui não pode sofrer distração nem pelo que pode vir no futuro e nem com o que aconteceu no passado. Sou consciente da minha idade. Muito se fala em renovação. Tanto nos clubes quanto na seleção, somos cobrados por resultado. Estou aqui para isso, dar resultado. No momento em que eu não tiver dando resultado, passo a vez para o próximo – diz Dani sobre a possibilidade de disputar uma nova Copa do Mundo com a Amarelinha.
Daniel é um dos jogadores mais vitoriosos do mundo. E toda essa história entrará em campo na Fonte Nova contra a Venezuela na próxima terça-feira (18). O baiano ‘good crazy’ só quer ser exemplo para o seu povo, como ele faz questão de referir-se aos nordestinos em geral.
– Me considero vitorioso não pela quantidade de títulos, mas sou campeão da vida. Alguém que saiu do interior de Juazeiro e conseguiu conquistar tanto. Os títulos não valem de nada se não vierem com um legado. Não é o quanto você conquista, é famoso ou tem de dinheiro, importa o quanto você vai interferir positivamente na vida das pessoas – disparou.
Mesmo após estar morando muitos anos fora do país, Dani Alves não abre mão de suas origens. E todas elas estarão juntas neste reencontro em Salvador:
– Você pode perder tudo menos a sua essência. E ela eu carrego comigo sempre, sou nordestino e por onde passo deixo claro que o lugar onde mais amo é aqui, com meu povo, meu Juazeiro, minha Bahia. Grande honra e satisfação estar de volta aqui. Dá um frio na barriga por voltar.
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