Um dos meios de comunicação mais potente do Brasil, o rádio – que já viveu a sua era de ouro – ainda tem o seu lugar no coração dos brasileiros. Seja em seu formato mais “raiz”, com os aparelhos tocando uma infinidade de programas ou de modo mais tecnológico, instalado nos smartphones.
A primeira emissora de rádio, a Sociedade do Rio de Janeiro, foi criada por aqui em 1922, pelo visionário Edgar Roquete Pinto, considerado o pai da radiodifusão no Brasil. Médico, professor, escritor, antropólogo, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras. Se vivo, Roquete completaria neste 25 de setembro 134 anos.
A força, resistência e a adaptabilidade do rádio é o que mais fascina a jornalista Carla Araújo, de 50 anos. A comunicadora conta que enquanto construía uma história consolidada no telejornalismo não deixou de nutrir a vontade de atuar novamente no radiojornalismo, onde teve experiências breves no início da carreira. “Durante os mais de vinte e cinco anos de TV, a vontade de voltar ao rádio ficou ali adormecida, muito por conta de minha dupla ocupação: como Gerente de Jornalismo e Apresentadora da TV Aratu (SBT), onde trabalhei até meados de 2017. A migração foi excelente, me adaptei facilmente ao rádio”, revela.
A frente do programa Extraordinário, na Excelsior FM, um dos grupos mais tradicionais de comunicação da Bahia, a agora também radialista Carla Araújo destaca duas diferenças entre o rádio de a TV: espontaneidade e simplicidade. “A operação de colocar um programa de TV no ar é bem mais complexa. Com o rádio é mais simples, mais espontâneo. E sendo espontâneo, exige bagagem, recurso para produzir um bom conteúdo”, avalia.
Para os iniciantes, a dica da profissional é transitar pelos diversos veículos, aliado à uma boa formação técnica, acadêmica e humanista. De acordo com Carla, isso “permite uma desenvoltura que ajuda qualquer profissional de comunicação” a ter sucesso na profissão.
Quer estudar Rádio? Conheça a graduação
O curso de Rádio tem duração média de quatro anos e é oferecido apenas na modalidade bacharelado. No geral, a graduação é oferecida em conjunto com outro meio de comunicação, a TV. Em algumas faculdades, já é acrescentado a Internet por conta do avanço das tecnologias. Nesse sentido, as instituições podem oferecer o curso com o nome Rádio, TV e Internet ou somente Rádio e TV.
O curso de Rádio, TV e Internet, por exemplo, é bem dinâmico. “Nós aprendemos programação, sobre os tipos e nomes dos cortes e sobre a história do rádio. Além disso, temos aulas de edição, iluminação, fotografia. O curso também é composto por bastante teoria”, conta a aluna Paloma Medeiros, bolsista do Programa Educa Mais Brasil.
Oferecida por instituições de ensino público ou privado, a graduação em Rádio pode ser cursada por meio da nota do Enem – através de programas como Sisu, Prouni ou Fies. Há ainda programas de incentivo estudantil, que oferecem bolsa de estudo com diversos descontos. (Educa Mais)
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