25 de dezembro de 2024
Saúde • atualizado em 07/06/2024 às 10:39

Curso de oncoplastia e reconstrução mamária, realizado no Araújo Jorge, beneficia pacientes que aguardam cirurgia plástica

Realizado durante três dias, o curso realiza, além das aulas e discussões de casos, a reconstrução de mamas de nove pacientes da unidade hospitalar
Foto: Divulgação/Araújo Jorge
Foto: Divulgação/Araújo Jorge

O Hospital Araújo Jorge, em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), promove, de quinta (6) a sábado (8), a 9ª edição do Curso de Oncoplastia e Reconstrução Mamária. Além de treinar e formar novos profissionais na área, o curso beneficia nove pacientes que estão à espera da cirurgia de reconstrução parcial ou total das mamas, na unidade de saúde.

A iniciativa visa diminuir a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS), visto que, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20 mil brasileiras aguardam na fila por uma cirurgia de reconstrução das mamas.

Além disso, conforme um estudo realizado por pesquisadores da Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, de 2008 a 2015, aproximadamente duzentas mil mulheres realizaram cirurgias para tratar o câncer de mama no Brasil. Dessas, 92,5 mil (44) fizeram mastectomia, mas somente 18 mil (20%) tiveram as mamas reconstruídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O curso realizado em Goiânia conta com renomados especialistas nacionais e internacionais. “Ficamos extremamente felizes em ofertar esse curso, pois além entregar ao mercado mais profissionais capacitados, conseguimos ajudar e elevar a autoestima das pacientes, oportunizando mais qualidade de vida e bem-estar”, frisa o mastologista Régis Resende Paulinelli.

Além de inovador, o mastologista Luiz Fernando Jubé Ribeiro reitera que o curso tem formado profissionais especialistas em oncoplastia e reconstrução mamária no Brasil e ao redor do mundo. “Esse formato de curso, com duração de 11 meses, divididos nos 11 módulos, em que realizamos uma quantidade expressiva de 100 cirurgias, todas transmitidas e discutidas virtualmente, existe somente aqui no Brasil, sediado pelo Hospital de Câncer Araújo Jorge. No mundo não há algo semelhante. Por meio dele, estamos habilitando profissionais da América Latina, América do Norte, Europa e Ásia”, celebra o profissional.

De acordo com o Araújo Jorge, anualmente, cerca de 100 mulheres conseguem realizar a cirurgia de reconstrução mamária por meio do Curso de Oncoplastia e Reconstrução Mamária. Ao longo dos últimos nove anos, mais de 900 pacientes de várias regiões do Brasil foram beneficiadas com o procedimento, sem custo algum para elas.

Reconstrução

A cirurgia para reconstrução da mama dura entre três e seis horas, o tempo varia conforme a complexidade do caso. Para realizar o procedimento, os especialistas utilizam próteses ou tecidos do próprio organismo, como retalhos do músculo grande dorsal ou retalho do reto abdominal. A técnica é escolhida individualmente, conforme a necessidade de cada paciente. Após o procedimento, as mulheres são acompanhadas integralmente pelo Serviço de Ginecologia e Mama | Reconstrução Mamária do HAJ, inclusive com a possibilidade de reconstrução do mamilo.

O curso

​O “Curso de Oncoplastia e Reconstrução Mamária” foi idealizado em 2015 pelos mastologistas do Hospital de Câncer Araújo Jorge, Luiz Fernando Jubé Ribeiro e Régis Resende Paulinelli. Atualmente, recebe alunos de todas as regiões do Brasil e do mundo.

Dividido em 11 módulos, o curso tem duração de 11 meses, sendo uma oportunidade ímpar para mastologistas, cirurgiões oncológicos e cirurgiões gerais se tornarem aptos a realizar as reconstruções mamárias. Além de aprimorarem suas habilidades, os participantes contribuem sobremaneira para o bem-estar e autoestima das pacientes.

​O curso disponibiliza 12 vagas para os alunos que desejam participar presencialmente e 40 para quem desejar fazer o curso on-line. Além das aulas e discussões de casos, as cirurgias também são transmitas em tempo real para os participantes. Ademais, cada módulo conta com seis comentaristas virtuais, com grande experiência em reconstrução mamária, os quais assistem as cirurgias e vão tecendo comentários e fazendo perguntas.

Geralmente, esses participantes são, além do Brasil, de países da América Latina como Colômbia, Paraguai, Uruguai, Argentina e México, e também comentaristas da Inglaterra, Portugal, Espanha, Turquia, Escócia e EUA. ​Entre 2015 e 2023, o Curso de Oncoplastia e Reconstrução Mamária formou 148 profissionais, sendo 96 na modalidade presencial e 52 na modalidade a distância.


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