Impedido de exercer o mandato na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) no ano passado, o ex-deputado estadual Cristóvão Vaz Tormin (Patriota) aguarda para tomar posse com definições importantes pela frente. Em entrevista ao Diário de Goiás nesta terça-feira (26), ele falou sobre a angústia da decisão judicial que lhe tirou a vaga e da felicidade da recontagem que lhe devolveu o mandato nesta terça.
“Foi restabelecido o resultado do dia da eleição. Meu partido fez dois deputados. É um sentimento de justiça pelo que ocorreu. Meu nome figurou por dois meses na lista dos eleitos e agora isso se confirma”, relembra.
Em outubro de 2022, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fez uma recontagem de votos e George Morais (PDT) entrou no lugar de Thiago Albernaz, e Fred Rodrigues (DC) assumiu no lugar de Cristóvão Tormin. Isso ocorreu porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou as candidaturas de George e Fred depois da eleição. Recentemente, em reviravolta, o TSE teve entendimento contrário e Fred Rodrigues ficou fora, em decisão final.
Entre as definições que Tormin terá de ter, estão o rumo partidário e a qual bancada pertencer no retorno ao Legislativo, onde já esteve em outros dois mandatos.
Hoje ligado ao Patriota, ele disse que não sabe se permanece neste grupo político após a fusão do partido com o PTB, que gerou o PRD. “Posso sair a qualquer momento, mas primeiro vou tomar posse, analisar o cenário, as conjunturas e tomar posição com relação a isso”, ponderou.
Sobre ser das bancadas governista ou de oposição, Tormin disse que não será oposicionista. “Terei uma posição de independência, mas analisando com carinho as questões do governo atual que, no meu entender, está sendo positivo para a sociedade. Mas depois da posse vamos ter audiência e trocar ideia com o governador. Tenho um perfil conciliador e vou buscar benefícios para as regiões que represento”, explicou.
Em termos de atuação parlamentar, ele informa que se define com deputado municipalista, “Gosto de estar presente nos municípios, ouvir reivindicações e levar os benefícios, as emendas impositivas. Gosto de representar a região metropolitana do Entorno do Distrito Federal, Formosa, Luziânia, Valparaíso, municípios da Estrada de Ferro, da Grande Goiânia, como Aparecida de Goiânia, todas essas cidades”, citou.
O futuro deputado disse que não tem preocupação em relação ao tempo em que ficou sem o mandato e, consequentemente, sem o salário e as verbas parlamentares a que teria direito. “Minha preocupação não é essa. Se eu não estava na Assembleia, não tenho direito. Minha preocupação é restabelecer o mandato e ter legitimidade junto às regiões que eu represento”.
Segundo ele, a posse na Alego será marcada pelo presidente Bruno Peixoto (UB) após este ser comunicado oficialmente pelo TRE.
Cristóvão Tormin já foi vereador e prefeito de Luziânia duas vezes cada. Este será seu terceiro mandato como deputado estadual. “Disputei sete eleições e venci em todas”, celebrou. De acordo com ele, que já respondeu processos junto ao Ministério Público, hoje não há nenhuma pendência. “Tudo foi arquivado”, garante.