O Hospital e Maternidade Dona Iris vem registrando nos últimos anos uma queda considerável nas taxas de analgesia e cesáreas por parto realizado.
Desde 2012, a taxa de analgesia em partos normais passou de 34% para 12,1%, em 2016; enquanto que a taxa de cesárea caiu de 46% em 2012 para 38,6% neste ano.
Segundo a coordenadora geral da divisão de enfermagem do HMDI, Cristiane Manso, a Maternidade vem tratando o parto de forma mais natural. “No passado não existia tanta intervenção no trabalho de parto, pois era realizado na própria residência das mulheres, o que não garantia segurança, já que existia uma taxa muito grande de mortalidade materna e infantil. A hospitalização do parto veio para auxiliar nessa segurança, mas também contribuiu muito para as intervenções, muitas vezes desnecessárias. Queremos balancear essa situação, trazendo segurança, mas de forma adequada”, afirma a coordenadora.
Analgesia
A analgesia tem a finalidade de retirar a dor, mas mantendo a parte sensitiva da paciente e possibilitando a movimentação dos membros inferiores, de forma a mantê-la colaborativa durante o trabalho de parto. No caso da anestesia, toda a mobilidade da paciente é retirada, sendo utilizada somente nos casos de parto cesárea. Apesar do alívio imediato da dor, a analgesia tem seus pontos negativos, tanto para a mãe como para o bebê. Segundo Cristiane Manso, a intervenção não deve ser realizada para todas as mulheres e depende de cada caso.
Alternativas
Existem outros métodos não farmacológicos que podem ser aplicados para o alivio da dor durante o parto normal, como o banho morno, a massagem e o uso de essências. Um ambiente mais calmo com a presença do parceiro também é utilizado para trazer mais segurança para a paciente. “Trabalhamos também a parte psicológica, para preparar a mulher para a dor”, acrescenta Cristiane Manso.
Leia mais sobre: Arquivo Diário de Goiás