Presidente da nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o relacionamento de políticos goianos com a contravenção, deputado Helio de Sousa (DEM), afirma que os trabalhos poderão resultar em boas justificativas por parte dos suspeitos. O grupo se reunirá durante todas as terças e quintas no período matutino, e a previsão é que se decida amanhã (15) o primeiro grupo de autoridades a serem investigadas.

Apesar do estabelecimento de um possível pré-acordo para suavizar as inquirições, o presidente da CPI afirma que nenhum prefeito ou membro da administração estadual estará imune dos questionamentos. “A nossa função não é acusar, julgar ou condenar. Iremos investigar se existe, ou não, qualquer irregularidade da administração pública, municipal ou estadual, envolvendo as empresas vinculadas ao contraventor Carlinhos Cachoeira. A CPI poderá, inclusive, servir de oportunidade para que os suspeitos justifiquem suas ações e comprovem sua inocência”, ressaltou o democrata.

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O foco das primeiras verificações serão as prefeituras municipais que firmaram contratos com a empresa Delta Construtora. Entre elas estão as dos municípios de Catalão, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Segundo o deputado Daniel Vilela (PMDB), membro da comissão e líder da bancada do PMDB, sigla que administra Catalão e Aparecida de Goiânia, não existe entendimento entre os deputados para que se convoque qualquer prefeito neste momento. “Iremos analisar todos os documentos necessários para que futuramente, se houver necessidade, convoquemos os líderes municipais”, disse.

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O relator da Comissão, deputado Talles Barreto (PTB), ressaltou a experiência do presidente para condução dos trabalhos e disse que nenhum passo será ignorado ou deixado para trás. “O deputado Helio saberá qual a melhor maneira de se realizar estes trabalhos e tenho certeza que o que for necessário para que o esclarecimento seja alcançado, a Comissão fará. Estamos em uma fase inicial que é uma fase de pesquisas. Os próximos passos serão decididos posteriormente”, afirmou.

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PARCERIA

Helio de Sousa defendeu também uma parceria com o grupo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que se desenvolve em Brasília. O democrata acredita que o compartilhamento de resultados das duas comissões pode gerar maiores esclarecimentos. “Vamos cobrar para que a CPMI de Brasília possa nos respaldar com documentos que sejam importantes. Eles poderão aceitar ou não. Contudo, o importante é que nós vamos solicitar, porque um dos nossos objetivos é que a comunidade, tanto de Brasília, quanto de Goiás, tome conhecimento dos fatos”, afirmou.

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O peemedebista Daniel Vilela, que apoia a barganha de informações, lembrou ainda que CPI da Alego pode assistir e participar do depoimento de Carlinhos Cachoeira em Brasília. “Se ele realmente se dispuser para o depoimento na CPMI poderemos compartilhar e utilizar as informações. Acredito que possa existir uma maior dificuldade para trazê-lo à Assembleia”, explicou.

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