07 de agosto de 2024
SAÚDE

Covid-19 domina casos de infecções respiratórias em Goiás e em outros 17 estados do Centro-Sul

Incidência de Covid-19 é mais vista entre crianças de até dois anos de idade e em idosos a partir de 65 anos
Segundo os dados, o vírus representa quase 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2024. (Foto: Reprodução)
Segundo os dados, o vírus representa quase 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2024. (Foto: Reprodução)

O boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (29), aponta que a Covid-19 domina os casos de infecções respiratórias nos estados do Centro-Sul, incluindo Goiás. Segundo os dados, o vírus representa quase 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2024.

Além de Goiás, o monitoramento mostra que outros 17 estados também apresentam sinais de crescimento de SRAG a longo prazo, sendo eles Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. De acordo com o coordenador do boletim, Marcelo Gomes, o cenário é preocupante.

“Em alguns estados do Sul e do Sudeste há uma cocirculação, ou seja, está circulando ao mesmo tempo Covid-19 e influenza. Embora a Covid esteja gerando um número muito mais expressivo de internações do que a gripe, observamos essa circulação simultânea”, analisa Marcelo.

Incidência

Sobre a incidência por faixa etária, a mais evidente é entre crianças de até dois anos e a partir de 65 anos. Alguns fatores que explicam a alta de casos de infecções respiratórias é a circulação da cepa JN e as subvariantes, além de o carnaval poder ter contribuído. “O carnaval também pode ter ajudado, tanto por conta dos grandes deslocamentos, com muita gente viajando, como pelas grandes aglomerações desse período”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo.

Entre a segunda e terceira semana de fevereiro, houve alta de 61% no número de exames de Covid-19 em laboratórios, conforme apontam os dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

Apesar da quantidade alta de casos de Covid-19, Chebabo avalia que se tornou uma “doença respiratória com a qual convivemos”, não se comparando a pandemia. Os baixos números de internação e óbitos se devem aos índices de vacinação. “A maioria das pessoas acaba tendo quadros respiratórios semelhantes a outras infecções, com risco baixo de maiores complicações justamente por conta da imunização”, diz.


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