22 de dezembro de 2024
Eleições • atualizado em 04/11/2024 às 11:26

Conteúdo negativo não engana mais os eleitores, diz especialista em marketing digital

Especialista afirma que a sociedade graças aos meios de comunicação, ela consegue fazer pesquisas e saber veracidade dos fatos
O especialista explicou que condena o conteúdo negativo que causa terror na sociedade. (Foto: Reprodução/DG).
O especialista explicou que condena o conteúdo negativo que causa terror na sociedade. (Foto: Reprodução/DG).

Em entrevista a Altair Tavares, editor-chefe do Diário de Goiás, o especialista em marketing digital e propaganda online Júnior Vilela, da empresa Vira Click, afirmou que conteúdos negativos, que tentam disseminar informações falsas e causar “terror”, já não enganam mais os eleitores. “Hoje, graças aos meios de comunicação, a sociedade consegue fazer pesquisas e verificar se essas informações são realmente falsas ou não”, destacou o especialista.

O especialista explicou que condena o conteúdo negativo que espalha terror na sociedade ao criar fake news sobre pautas que, na maioria das vezes, afetam as comunidades mais vulneráveis. “Por exemplo, dizem que você vai perder a bolsa, perder sua casa, ou que será removido do assentamento onde busca sua moradia. São tipos de informações que causam terror. Não existe fake news inofensiva, mas algumas são especialmente tenebrosas”, alertou.

Eu já fui morador de assentamento. Eu sei o que a população passou com a fake news que foi implantada aqui na cidade de Aparecida, falando que iam tirar eles todos de um assentamento, enquanto não é verdade. Isso causa um terror muito grande. Você já não tem quase nada, você já não tem o sustento direito e ainda ver uma informação dessas, desestabiliza toda a família.

Interesses do cidadão comum

Júnior explicou que a empresa realizou testes com cidadãos de menor renda e moradores de periferia para identificar suas reais preocupações. Os resultados mostraram que o viés ideológico tem baixa aceitação entre esse público. “Eles estão focados em propostas que impactem diretamente a região onde vivem, como saneamento básico, infraestrutura, educação, alimentação, emprego, moradia e vagas em CMEIs. Questões identitárias ou sobre gênero são pouco relevantes para eles; muitos sequer sabem do que se trata. Eles não estão preocupados com direita ou esquerda”, explicou.

Na verdade, o cidadão comum nos testes que nós fizemos, eles estavam preocupados com as propostas. Foi isso que mostrou resultado nas urnas.

Perda da força das fake news

Júnior chegou a assessorar diversas campanhas eleitorais em 2024 e concluiu que o fake perdeu muita força nas eleições municipais. “A prova está aí nas eleições contra os fakes e vai ganhar menos força ainda na próxima eleição. Ou seja, a gente vai perder o fake, porque nós estamos na era da informação. Todo mundo tem o celular na mão e todo mundo vai consultar se realmente aquilo é verídico ou não”.

O especialista em propaganda digital administrou quase R$ 1,7 milhão na veiculação de propaganda eleitoral na internet, nas eleições deste ano. De acordo com ele, a Justiça Eleitoral teve grande trabalho no monitoramento dos dados, visto que o fluxo desse tipo de publicidade ainda é intenso.


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