09 de dezembro de 2024
Eleições 2024

“A verdade venceu os fakes”, afirma especialista em marketing digital sobre campanhas políticas

O especialista atribui os resultados ao comportamento do eleitor em buscar por ferramentas que auxiliaram no questionamento da veracidade dos fatos
Júnior Vilela detalhou as formas de fake news e a mudança de comportamento do eleitor, mais atento a veracidade dos conteúdos. Foto: Diário de Goiás
Júnior Vilela detalhou as formas de fake news e a mudança de comportamento do eleitor, mais atento a veracidade dos conteúdos. Foto: Diário de Goiás

O especialista em marketing digital e propaganda na internet, Júnior Vilela, da empresa Vira Click, que chegou a assessorar diversas campanhas eleitorais em 2024, afirma que o resultado contra as fakes news este ano foi positivo. Mesmo diante da grande quantidade de conteúdos fakes veiculados diariamente nas redes, segundo ele, “a verdade venceu”.

Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, Júnior atribuiu o resultado favorável ao comportamento dos eleitores de pesquisar pelas informações antes de acreditar cegamente nos conteúdos. “O eleitor está aprendendo a pesquisar nos nossos mecanismos de buscas a veracidade dos fatos”, defendeu Vilela. E acrescentou: “A verdade venceu o fake nessas eleições e a prova está aí”, se referindo à derrota dos candidatos que mais utilizaram destes recursos nas campanhas.

O especialista em propaganda digital administrou quase R$ 1,7 milhão na veiculação de propaganda eleitoral na internet, nas eleições deste ano. De acordo com ele, a Justiça Eleitoral teve grande trabalho no monitoramento dos dados, visto que o fluxo desse tipo de publicidade ainda é intenso. “Muitos candidatos utilizaram dessa prática de divulgar fake news, plantar informações falsas ou buscar algumas informações e distorcê-las. Isso é fake também”, destacou.

Conforme Júnior, além da forma de propaganda falsa, utilizada desde sempre no meio político, buscando por conteúdos que visam a denegrir a imagem do oponente e persuadir o eleitor, hoje em dia, é utilizado o mecanismo direto. “De forma indireta seria utilizando alguns veículos clonados. Ou seja, clonam um jornal, por exemplo. E nós também temos a direta, que é disparos de WhatsApp, impulsionamentos negativos, impulsionamento em páginas que não existem, ferindo totalmente a legislação eleitoral”, explicou.

No entendimento do especialista, o eleitor está se aprimorando na arte de perceber o uso desse artifício. “Hoje, é fácil você dar um Google e saber a veracidade do fato, saber se realmente aquilo é verdade ou não e saber também informações sobre o candidato que quer buscar”, pontuou.


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