A crise no transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia não parece ter um ponto final. O Redemob Consórcio anunciou que deixará para as empresas de transporte coletivo a gestão dos Terminais e Plataformas. Caberá à Metrobus os cuidados com as estações ao longo do Eixo Anhanguera. As demais, ficarão sob controle da Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia e Viação Reunidas – que chegou a deixar de operar por alguns dias durante esta semana, alegando dificuldades financeiras. As mudanças passam a valer já a partir do próximo dia 1º de julho.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET) por meio de um comunicado ressaltou que para preservar a sinergia entre os processos de operação de transportes e segurança pública, permaneceram sob a responsabilidade do RedeMob Consórcio.
Isso inclui os processos de monitoramento dos terminais de integração, estação de embarques e pontos de apoio, por meio de câmeras integradas na CCO – Central de Controle Operacional e na Secretaria de Segurança Pública.
Na prática, a Metrobus que até outubro de 2016 fazia toda a gestão dos Terminais e Estações do Eixo Anhanguera realizando sua manutenção, conservação, limpeza e segurança patrimonial retornará às executar essas atividades. Em comunicado à imprensa na ocasião da integração entre Metrobus e Consórcio, o Redemob disse que atuaria em conjunto com a estatal “para a revitalização, em médio prazo, dos Terminais e Estações do Eixo Anhanguera”.
Na mesma nota, o Redemob ainda ressaltava algumas de suas obrigações. “Cabe ao consórcio, gerir os terminais e estações, controlar a operação e dar informações do serviço”.
Empresas passam a controlar outros Terminais
Se a Metrobus fará a gestão das Estações no Eixo Anhanguera e extensões, para Senador Canedo, Goianira e Trindade, a Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia e Viação Reunidas farão a manutenção dos outros 14 terminais que compõem a Região Metropolitana de Goiânia.
No comunicado encaminhado hoje à imprensa, o diretor executivo do Redemob Consórcio afirmou que as mudanças são fundamentais para a que o consórcio continue funcionando. Ele cita queda de 70% na receita por conta da pandemia e uma série de alterações na gestão, desde redução de salários a demissão de funcionários. “A solução foi retirar esse processo da nossa responsabilidade e devolvê-lo para as empresas”, pontuou.
O serviço que o Redemob Consórcio deixou de fazer, no entanto, não era realizado de graça. Dados do Portal da Transparência disponíveis no site da Metrobus mostram que a empresa pagou R$ 81.960,01 ao Consórcio no mês de maio. A observação do pagamento consta como “resto da fatura”.
O valor trata-se de um repasse de um percentual da tarifa todo o mês para execução dos serviços. A redação do Diário de Goiás entrou em contato com a assessoria da estatal para apurar os valores exatos pagos em outros meses, mas não houve retorno. Também tentamos contato com o Redemob Consórcio para saber os valores recebidos por outras empresas, também sem sucesso.
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