O aumento da passagem de ônibus na Grande Goiânia novamente está em pauta. O valor da tarifa pode chegar a R$ 4,50. Estudo relativo à atualização tarifária foi realizado pela Companha Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e aprovado pela Agência Goiana de Regulação (AGR). O reajuste foi calculado em cima da variação do preço dos combustíveis, na manutenção dos veículos, no aumento salarial dos trabalhadores e inflação.
O prefeito de Goiânia e presidente da CDTC, Iris Rezende (MDB), fez a convocação dos membros da Câmara. Ao longo dos anos o Diário de Goiás tem acompanhado o processo de reajuste tarifário. Basicamente, a cada ano a promessa era de que a partir do aumento tarifário pudesse haver melhorias no sistema. O que se constatou é que as melhorias foram pontuais.
Iris Rezende ao fazer críticas sobre as gestões anteriores quanto ao transporte, detalhou em especial em 2013, foi realizado um Pacto do Transporte Coletivo, com o congelamento da tarifa em R$ 2,70 naquela época. Foi acertado no período que o governo estadual bancaria 50% da gratuidade relacionada a passe livre dos estudantes e os outros 50% a responsabilidade dos municípios que integram a Região Metropolitana de Goiânia. Havia a época uma série de protestos contra o aumento da passagem.
Poucos dias depois, o então prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), havia proposto ao governador da época, Marconi Perillo (PSDB) um pacto para desonerar tributos que incidem sobre o transporte coletivo em Goiânia e região metropolitana. “É importante que todos os entes federados contribuam para a questão da mobilidade. Eu conversei com o governador sobre a necessidade do Estado pactuar conosco a retirada de alguns tributos que incidem sobre o transporte coletivo, como o ICMS e o IPVA”, afirmou Paulo Garcia, no dia 26 de junho de 2013.
O governo estadual havia informado em 2017 que procurou as prefeituras, mas somente a de Bela Vista assinou protocolo de intenções. Devido a não adesão dos Municípios, houve a decisão de não mais continuar com o Pacto do Transporte e bancar 50% do Passe Livre para Estudantes.
O prefeito Iris reclamou nesta quarta-feira de gratuidades. Mas em 2017, ele foi criticado pelo ex-superintendente de Juventude a pedido do ex-secretário do governo de Marconi Perillo, Vilmar Rocha, por ter concedido o Passe Livre para diversas categorias em 1994.
“A gratuidade cedida aos estudantes data do governo Iris Rezende, de 1994. De 1994 em diante, efetivamente não foi pago, desde o governo do ex-governador Iris Rezende, não foi custeado de forma direta na época da então Transurb, hoje do SET. A gratuidade ficou fora do custeio direto do poder público. (…)À época, a única prefeitura que assinou isso foi a Prefeitura de Bela Vista. Todas as demais não assinaram, apesar de terem feito o pacto, a anuência para que pudesse ser avaliado tanto pela Assembleia Legislativa quanto pelas demais Câmaras”, declarou Leonardo Felipe a época.
Veja abaixo o histórico dos valores das passagens de ônibus na Região Metropolitana de Goiânia
-2008 Passagem custava R$ 2,00
-2009 Passagem subiu de R$ 2,00 para R$ 2,25
-2010 Passagem ficou mantida em R$ 2,25
-2011 Aumento de R$ 2,25 para R$ 2,50
-2012 (Aumento de R$ 2,50 para R$ 2,70- valor começou a ser aplicado em 20 de maio)
-2013 (Congelamento do valor da passagem em R$ 2,70, oficializado em 19 de junho)
-2014 (Aumento de R$ 2,70 para 2,80- valor começou a ser aplicado em 3 de maio)
-2015 (Aumento de R$ 2,80 para R$ 3,30- valor começou a ser aplicado em 16 de fevereiro)
-2016 (Aumento de R$ 3,30 para R$ 3,70- valor começou a ser aplicado em 6 de fevereiro)
-2017 (Congelamento do valor da passagem em R$ 3,70, oficializado em 18 de maio)
-2018- (Aumento de R$ 3,70 para R$ 4,00 – valor começou a ser aplicado em 24 de janeiro)
– 2019 – Aumento de R$ 4,00 para R$ 4,30. Valor aprovado no dia 17 de abril e começou a ser aplicado em 19 de abril.
– Projeção para 2020– Aumento de R$ 4,30 para R$ 4,50.
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