Como forma de prevenir o aumento das internações e casos de doenças respiratórias, típicos do outono, surge uma a vacina Arexvy (fabricante: GSK), disponibilizada na rede privada que promete agir contra o vírus sincicial respiratório (VSR), conhecido por causar doenças respiratórias graves. A imunização chega ao mercado no valor de R$ 1.961 e é indicada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para maiores de 60 anos, em qualquer mês do ano, e é feita em uma única dose por via intramuscular profunda.
A infectologista do Laboratório Padrão/Grupo Fleury, Marília Turchi explica que o vírus sincicial respiratório VSR-A e VSR-B, responsável pelas doenças do trato respiratório inferior foi o segundo agente que mais causou internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave em idosos no Brasil em 2023, sendo superado apenas pelo Sars-Cov-2, causador da Covid-19. “Em decorrência disso, há vários anos são estudadas vacinas para o VSR com o objetivo de proteção para os maiores de 60 anos de idade”, explica a especialista.
Marília informa que a Arexvy (fabricante: GSK) foi licenciada pela Anvisa e está disponível para os clientes dos serviços privados de vacinação no Brasil. “Como a vacina demonstrou eficácia por duas temporadas do vírus, a recomendação atual é que seja aplicada em dose única, em qualquer mês do ano, apenas para pessoas a partir de 60 anos”, conta a infectologista.
Sobre a diferença da nova vacina para a Pneumo 23, a especialista conta que cada vacina é para um agente diferente, sendo uma para um tipo de bactérias e outra para um tipo específico de vírus. “A Pneumo 23 protege contra a bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), causadora de pneumonias e meningites. Já a Arexvy protege contra o vírus sincicial respiratório, causador de doenças como bronquiolites e pneumonias”, explicou.
A infectologista do Padrão/Grupo Fleury explica que os sintomas das doenças causadas pelo VSR (vírus sincicial respiratório) é febre e corrimento nasal, que começam três a cinco dias após a infecção. O quadro pode evoluir para formas graves de acometimento respiratório. A especialista também alerta para a periculosidade da doença, que dependendo das condições de saúde prévia do paciente, o percentual de óbitos chega a superar o dos casos de gripe (influenza).
Sobre tratamento, a especialista alega que não há nenhum medicamento que combata diretamente o vírus. “Mesmo os casos graves são tratados com recursos para manutenção da vida (hidratação, oxigenação, respiradores e outros)”, destaca. Vale destacar que dados da Vigilância Epidemiológica do Brasil apontam que no país foi detectada a ocorrência de cerca de 640 casos graves da doença internados em 2023. A probabilidade é que o número seja maior, já que nem todos os hospitais fazem parte da rede de notificações.