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Confusão entre deputados vai parar na Corregedoria

O presidente da Assembleia Legislativa (Alego), Bruno Peixoto (UB) acionou o vice-presidente corregedor, deputado Cairo Salim (PSD), para apurar os desentendimentos na sessão ordinária de ontem. O deputado Amauri Ribeiro, também UB, precisou ser contido fisicamente ao ser provocado pelo deputado Mauro Rubem (PT).

O petista se dizia cansado de xingamentos e ameaças. Nesse ponto, acabou comparando as ameaças de agressão que Ribeiro faz rotineiramente no Plenário a uma agressão dele contra uma filha menor de 18 anos – que acabou em caso de polícia -, à qual ameaçou novamente em plena sessão na semana passada. Foi o que bastou para a investida física.

Reação da Mesa

Peixoto só se pronunciou hoje, 11, sobre o caso. Foi uma reação à solicitação da deputada Bia de Lima, também do PT, que igualmente se considerou ofendida por Ribeiro, mais uma vez.

A deputada já foi atacada outras vezes e denunciou o parlamentar em diferentes instâncias da Alego e ao Ministério Público Federal por violência de gênero.

Na tribuna, Bia de Lima apelou por uma ação enérgica da Mesa Diretora. “Divergências e visões de mundo diferentes não são problema, mas venho sendo atacada frontalmente com palavras de baixo calão, de uma grosseria que surpreende”, reclamou ela.

Regimento rasgado

Ao pedir providências, “formalmente”, do presidente, a petista enfatizou que o “Regimento Interno da Casa está sendo rasgado”.

O discurso da deputada veio depois de várias falas, inclusive de Peixoto, que não abordou o assunto quando na tribuna.

Já na condução da Mesa, o presidente se solidarizou com a intenção de apurar os fatos após a demanda da parlamentar. Também pesou o pronunciamento do deputado Lincon Tejota (UB) que apelou por sinergia e “foco nas pautas preciosas para os eleitores”.

Fuga do Plenário

Tejota, inclusive, disse ter ouvido de colegas parlamentares que eles estão desencorajados de participar das sessões presenciais por causa do “nível do debate e dos ataques”.

Não se pode afirmar com certeza que seja por isso, mas o número de parlamentares participando remotamente tem sido muito grande. Às vezes, dos 41 membros da Alego, quatro deputados apenas ocupam as cadeiras do Plenário durante as sessões ordinárias, além da Mesa Diretora.  

“Covardes e canalhas”

Também havia discursado antes de Bia hoje, o próprio Amauri Ribeiro.

Novamente, ele retomou o assunto que causou a discórdia de ontem – guerra entre israelenses e palestinos e a citação de Mauro Rubem à ameaça de espancamento que Ribeiro fez à própria filha na sessão do dia 4. O deputado do UB alegou que o destempero de ontem foi ao “defender a família”. Ele retomou os ataques xingando ao microfone: “Não mexa comigo, covarde”.

Em outro momento, chamou indistintamente os filiados ao Partido dos Trabalhadores de canalhas. “Essa turma do PT, do Mauro Rubem, da Eusébia (Bia) de Lima e outros, são todos canalhas”, disse na tribuna.

Código de Ética

Ao responder para Bia de Lima hoje, Bruno Peixoto iniciou dizendo que ela “está corretíssima” e que, mediante a solicitação da deputada, estava encaminhando ao corregedor para análise “e se necessário para o Conselho de Ética”.

Ele seguiu afirmando que “essa Presidência agirá com veemência para manter a ordem. Não podemos aceitar que deputados e deputadas utilizem a tribuna para agredir seus pares, seja com palavras ou fisicamente. Nós vamos agir com todo vigor, conforme o Código de Ética”, avisou Bruno.

Agora, segundo divulgou a Alego, cabe ao corregedor realizar o exame preliminar de admissão do requerimento de representação contra os deputados por conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar.

Caso sejam identificadas irregularidades no descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar, as apurações serão encaminhadas ao Conselho de Ética da Casa. Nesse caso, é instalado procedimento disciplinar.

A briga

A confusão de terça-feira, como mostrou o Diário de Goiás, precisou ser contida à força pelos agentes da Polícia Legislativa que dão assistência no Plenário da Alego.

Enquanto a sessão era transmitida ao vivo pela Tv Assembleia, Amauri Ribeiro tentou subir no espaço da tribuna para brigar fisicamente com Mauro Rubem que discursava. Ele foi contido pelos agentes e a sessão encerrou logo em seguida.

Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.

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