A crise em Israel e nos territórios palestinos ganhou novos contornos nesta sexta-feira, 14, com confrontos violentos entre a polícia e palestinos na Cisjordânia, que deixaram ao menos 10 mortos. A situação já era tensa em Gaza, alvo de ataques israelenses e palco de ataques de militantes palestinos contra Israel, e em cidades de minoria árabe dentro do país, marcadas pela violência entre civis.
Outras 119 pessoas morreram em Gaza e sete em Israel. No total, o confronto já deixou 140 vítimas desde a segunda-feira, quando quatro palestinos morreram em confronto com a polícia em Jerusalém.
A maioria dos palestinos da Cisjordânia morreu depois de a polícia israelense abrir fogo nas cidades de Jenin, Hebron, Tulkaren e Naplusa. Em Ramallah, sede do governo da Autoridade Palestina, também houve protestos. Outras 100 pessoas ficaram feridas.
Desde o começo do conflito, militantes ligados ao Hamas dispararam 1,8 mil foguetes contra Israel, em resposta à violência detonada na Esplanada das Mesquitas por confrontos entre judeus e muçulmanos.
Na quinta-feira, a perspectiva de um conflito em larga escala aumentou depois de Israel começar a disparar em terra contra posições do Hamas em Gaza. Nesta manhã, o Exército Israelense disparou contra túneis no enclave que costumam abrigar líderes do grupo.
Nas cidades de minoria árabe, a violência continuou na madrugada Um israelense ficou seriamente ferido em Lod depois de ter sido atacado por palestinos. Um outro teria sido baleado. Em Jaffa, um soldado israelense foi atacado por um grupo de árabes e está em estado grave.
Segundo a polícia israelense, ao menos 750 pessoas foram presas em consequência da violência civil nos últimos dias. (Com agências internacionais/Estadão Conteúdo)