Prestes a ser aprovado, o texto do novo Código Tributário de Goiânia foi entregue pelo prefeito Rogério Cruz na manhã da última quinta-feira (9) à Câmara dos Vereadores. O projeto prevê a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) para atividades ligadas às áreas de turismo, entretenimento e tecnologia. Há ainda modificações relacionadas ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que, com o fim das zonas fiscais, deve cair 45% para imóveis da capital.
Há mais de 40 anos, Goiânia segue um modelo tributário já antigo, inclusive, no texto apresentado, este foi um dos argumentos para a nova alteração, que a antiga lei ” caducou e gerou injustiça e insegurança jurídica’. “Urge adaptar a legislação tributária ao contexto atual de Goiânia”, afirma o texto.
Ainda de acordo com Rogério Cruz, o novo código é completamente sem aumento de arrecadação e promoverá ”justiça social, tributária e modernização”.
Depois de lido, o projeto será encaminhado a Procuradoria da Casa para que remeta o parecer, e a estimativa é de que até a próxima segunda-feira, (13), será encaminhado a Comissão de Constituição e Justiça. E segundo Romário policarpo, espera-se que até o dia 29 de setembro esse projeto seja entregue ao Paço Municipal.
Afinal, o que muda com o novo Código Tributário? Confira alguns dos principais pontos dessa nova alteração:
Veja como será o IPTU para imóveis residenciais em 2022:
A atual planta de valores venais são de imóveis atuais e podem sofrer alterações até o final do ano. Esta mudança é feita a partir do CTM.
Ainda de acordo com a proposta do novo Código, a alíquota máxima para imóveis residenciais deve cair de 0,55% para 0,39% e comercial de 1,00% para 0,67%. O texto também propõe a isenção permanente de anuidade de pagamento do IPTU de imóveis com valor venal até R$ 100 mil.
O atual texto do Código Tributário da capital, contém 279 artigos. Com o a nova mudança, será alterado para 384 artigos, divididos em três livros e quatro anexos.
O vereador Lucas Kitão defendeu a aprovação do novo Código Tributário na Câmara de Vereadores de Goiânia. Kitão fez parte do grupo de trabalho que formatou o novo código. Ele lembrou que as leis que regem a tributação municipal são ainda da década de 70, enquanto a planta é de 2015, o que reduz a defasagem dos valores imobiliários.
“Esse novo código corrige grandes injustiças que, ao meu ver, são mais urgentes que a atualização da planta”, comenta.
O vereador diz que o novo código deve atrair empresas do ramo digital e, acima de tudo, reduzir o IPTU da maioria dos contribuintes. Ele também argumenta que a cobrança do tributo por valor venal em vez do zoneamento vai corrigir injustiças. “Bairros humildes pagarem a mesma alíquota de condomínios fechados”, completa.
Já o vereador Kleybe Morais, diz que o projeto não pode ter aval da Câmara sem que os valores venais dos imóveis estejam claros.
“O grande problema é a base de cálculo para IPTU e ITU. Essa planta está superestimada. Há muitas casas com valor venal na prefeitura maior que o valor de mercado. O cidadão que perceber isso, vai entrar na Justiça, e a prefeitura vai perder receita”, afirma.