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Política
| Em 2 anos atrás

Computadores do Palácio do Planalto foram formatados após segundo turno das eleições

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A ordem para formatação dos computadores do Palácio do Planalto, em Brasília, foi enviada para a equipe de informática com a justificativa de que o sistema de antivírus da rede da Presidência da República identificou uma ameaça de vírus. A ação causou estranheza entre os funcionários, já que apagar os conteúdos das máquinas não é procedimento comum.

De acordo com a apuração do Portal Metrópoles, o indicente aconteceu dois dias depois da derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. O aviso recebido afirmava que um malware, vírus que causa danos a dados do sistema operacional, teria sido identificado e que a orientação era formatar os computadores, ou seja, deletar os arquivos e, em seguida, reinstalar o mesmo sistema operacional padrão.

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A questão é que o procedimento orientado poderia causar perda permamente de arquivos importantes do sistema. No dia 3 de novembro, na semana posterior às eleições presidenciais, a equipe de informática foi acionada para chegar mais cedo e tentar “amenizar” a situação em uma força-tarefa.

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Respostas

Questionada pelo Portal Metrópoles sobre a extensão dos supostos danos em relação a perda permanente de arquivos, se foi possível realizar o backup nas máquinas e se computadores do gabinete presidencial foram afetados, a Presidência apenas confirmou a ameaça, mas negou danos.

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“Em 01/11/2022, as ferramentas de segurança que protegem a rede da Presidência da República detectaram a presença de um malware em algumas estações de trabalho, tendo neutralizado suas ações poucos minutos depois. De imediato, a Equipe de Tratamento e Resposta a Incidentes em Redes Computacionais (ETIR) iniciou as análises para identificar a origem da infecção, tendo identificado que ela ocorreu por meio de phishing. Não houve vazamento de dados, nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República.”

A resposta dada em nota não esclareceu sobre perdas de arquivos nem sobre a origem da suposta ameaça, e sequer mencionou se isso será investigado. O procedimento levantou suspeitas, inclusive internas no Planalto, sobre a motivação da ordem. Especula-se que houve intenção de destruir arquivos sensíveis.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.