A audiência de instrução e julgamento de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, teve início às 9h15 desta terça-feira, 24, na Justiça Federal de Goiás, para a interrogação de testemunhas de defesa e acusação envolvidas na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. A sessão é comandada pelo juiz Alderico Rocha, acompanhado dos procuradores Daniel Rezende e Lea Batista, além dos advogados de defesa dos réus.

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Participam da audiência, além do próprio Cachoeira que chegou à Justiça Federal às 8h20, Lenine Araújo, suposto gerente do grupo financeiro da contravenção, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Wladimir Garcez, José Olímpio de Queiroga Neto e Raimundo Washingont de Sousa e Queiroga, apontados como participantes do esquema no Entorno de Brasília e Gleyb Ferreira Da Cruz.

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Nas laterais, familiares e convidados. Andressa Mendonça e Sebastião Almeida, pai do contraventor, acompanham os trabalhos. Andressa deu entrevista rápida antes do início da audiência, quando enfatizou a postura “caridosa” do seu marido. “Ele é um homem bom que ajuda muito as pessoas. Espero que tudo aconteça da melhor maneira”, disse.

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O primeiro inquerido é Fábio Alvarez, agente da Polícia Federal que participou da Operação Monte Carlo desde o início do recolhimento das provas, em 2010, até a deflagração, em 2012. Em 30 minutos de depoimento, várias interrupções foram provocadas pelos advogados de defesa que tumultuam a audiência.

Fábio Alvarez confirma a participação de Queiroga Neto no vazamento das informações e de Carlos Cachoeira como líder da “quadrilha” dos jogos de azar. O agente fala também da complexidade do esquema que envolve uma hierarquia bem organizada, infiltrados na própria Polícia Federal, e com Lenine e Idalberto atuando de maneira incisiva no esquema.

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O depoente afirma que Lenine fazia a ligação entre o grupo de Goiânia e Anápolis com o grupo do Entorno do DF. Wladimir era o interlocutor entre policiais e Cachoeira, informando movimentos investigativos. Fábio confirma ainda que existia um “mensalão da contravenção”. “Um pagamento era realizado, normalmente pelo Dadá, para delegados da polícia civil e militar. Existiam outros gerentes, que trabalhavam para o Lenine, que também atuavam no repasse dos valores mensais.”

 

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