20 de novembro de 2024
Arquivo Diário de Goiás

Combate ao zika vírus em reunião no Brasil, técnico do “inseto estério” é uma das soluções

Yukiya Amano. Foto: Aiea/D. Calma
Yukiya Amano. Foto: Aiea/D. Calma

A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, vai reunir especialistas do mundo inteiro para revisar as técnicas nucleares para controlar os mosquitos que transmitem o zika vírus, o Aedes Aegypt.

O diretor-geral da agência da ONU, Yukyia Amano, afirmou que o grupo vai participar de um encontro de dois dias, 22 e 23 de fevereiro, em Brasília.

“Inseto Estéril”

Eles vão debater a técnica chamada “inseto estéril”, SIT pela sigla em inglês, para controlar a população do mosquito que transmite zika e outras doenças, como a dengue e a febre amarela.

Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, o vice-diretor do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da Aiea, Aldo Malavasi, explicou como funciona essa técnica.

“Nós criamos em laboratório milhões de insetos, nós só pegamos os machos. Nós esterelizamos ou com raios X ou com raios Gama. Quando você estereliza e você trata os insetos numa fase intermediária, que não é nem a larva nem o adulto. Quando nós tratamos a pulpa, a radiação arrebenda o material genético. Então o espermatozoide é perfeito, do ponto de vista fisiológico, mas ele tem um dano cromossômico, com isso, ele é inviável.”

O chefe da Aiea afirmou que “a agência tenta responder rapidamente a todas as crises de emergência dessa natureza”.

Apoio

Amano explicou que, nas últimas semanas, vários países buscaram apoio da agência nesta área.

Na reunião em Brasília, daqui a duas semanas, os especialistas vão discutir formas sobre como a técnica do inseto estéril pode se tornar parte dos programas de controle integrado contra os mosquitos.

O zika vírus já foi detectado em 33 países. Além de representantes de várias nações, o encontro vai incluir também participantes de outras agências da ONU como a Organização para Agricultura e Alimentação, FAO.

A meta é preparar um mapa para o controle da população do Aedes Aegypt na região a curto e longo prazos. Depois disso, uma nova reunião regional será marcada para que os especialistas possam desenvolver uma agenda de implementação


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