Hoje (18) é o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti. Anualmente a data cai no penúltimo sábado de novembro e não é à toa. A aproximação do período chuvoso e a alta incidência de dengue, zika e Chikungunya, doenças que têm no Aedes o transmissor, justificam ações mais intensas no período
Goiás já registrou, ao longo de 2023, o total de 60.394 casos confirmados e 25 mortes por dengue. A doença é considerada hoje um dos principais problemas de saúde pública no estado.
É um cenário melhor em relação a 2022, quando foram 189.074 registros e 184 mortes por dengue, mas a Secretaria Estadual de Saúde alerta que ainda é preciso manter o estado de atenção, principalmente diante da aproximação da temporada de chuvas.
“Houve uma redução de 60% nos casos de dengue, comparado com o mesmo período do ano passado. Mas isso não é uma situação que nos deixa tranquilos, porque sabemos que a ocorrência de epidemias acontece em ciclos”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim.
Em 2023 já foram confirmados 2.030 casos de chikungunya e 7 mortes pela doença. Já o zika vírus teve, até este mês de novembro, 23 confirmações, sendo 3 delas em gestantes. Não há óbitos registrados pela doença neste ano.
“Já foi confirmado pelos cientistas brasileiros que existe uma associação entre a infecção de zika em gestante e microcefalia em fetos recém-nascidos. Então, é muito importante que as gestantes, nesse período do ano, se protejam”, reforça a superintendente.
Com a previsão de que o período chuvoso só se intensifique no próximo mês, é preciso atenção. “Os ovos do Aedes podem ficar até um ano, um ano e meio na natureza, aderido a algum tipo de objeto, só esperando água. Quando vêm as chuvas, ali pode se transformar em criadouros e em apenas sete dias já se transformar em um mosquito adulto”, ressalta o coordenador de dengue, zika e chikungunya da SES-GO, Murilo do Carmo.
O trabalho de combate ao Aedes aegypti é feito de forma integrada entre todas as esferas da sociedade. As secretarias municipais de saúde atuam de forma direta no combate ao vetor.
Já a Secretaria de Estado da Saúde realiza ações complementares, com o monitoramento dos casos, a distribuição de inseticidas para os municípios e de equipamentos que são usados para fazer o controle químico. Além disso, faz a capacitação para os profissionais que atuam no controle do mosquito e nas capacitações dos agentes comunitários e de controle de endemias.
Mesmo assim, a população desempenha papel fundamental no controle do mosquito, já que a maioria dos criadouros está nos imóveis residenciais.
“Se você tem na sua casa qualquer recipiente que acumule água por mais de sete dias, se ele puder ser descartado, jogue fora de forma adequada. Se ele não puder ser descartado, como, por exemplo, uma piscina, uma caixa d’água ou até mesmo um vaso sanitário que não é utilizado, proteja esse recipiente com um tecido ou uma tela para evitar que o mosquito entre em contato”, orienta Flúvia Amorim.