12 de setembro de 2024
Prevenção

Com produção de arroz afetada por enchentes no RS, Governo toma medidas para garantir estoque

O governo federal autorizou a Conab a importar até um milhão de toneladas de arroz beneficiado para evitar risco de desabastecimento do produto no país
Associações asseguram que não há risco de desabastecimento do estoque de arroz no país. Foto: Reprodução
Associações asseguram que não há risco de desabastecimento do estoque de arroz no país. Foto: Reprodução

Temendo o risco de desabastecimento de arroz no mercado brasileiro devido as enchentes do Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional, o governo federal implantou medidas para importação do cereal. Nesta sexta-feira (10), o governo publicou uma Medida Provisória (MP) que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar em 2024 até um milhão de toneladas de arroz beneficiado, ou pronto para consumo, e em casca.

A especulação em torno da falta do produto começou após notícias de que mercados brasileiros estavam limitando a compra e que consumidores estariam fazendo estoque de arroz. Apesar disso, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) asseguram que não há risco de desabastecimento do estoque de cereal no país.

Medida provisória

Conforme o governo federal, o objetivo da MP é enfrentar consequências sociais e econômicas das enchentes no Rio Grande do Sul, já que o estado é o principal produtor do grão no país, e evitar especulação financeira, além de estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o Brasil. A medida tem como foco o destino preferencial a pequenos varejistas das regiões metropolitanas, além de dispensar a “utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta”.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, informou que o arroz deverá ser comprado de produtores do Mercosul, onde há desburocratização no processo de importação e um sistema comum de tarifas, regras e direitos aduaneiros. “A produção do arroz do Mercosul é semelhante à nossa produção aqui no Rio Grande do Sul e à produção nacional”, declarou.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esclareceu que a iniciativa visa evitar alta nos preços. Ele também reforçou que o arroz importado não vai concorrer com os agricultores brasileiros, pois o produto comprado no comércio externo deve ser repassado apenas para pequenos mercados.

A recomendação geral é para que a população não faça estoque de arroz em casa, de modo que todos tenham acesso ao produto. Tanto o governo quanto as associações de produtores asseguram que, com as medidas tomadas em conjunto, não haverá problemas de falta de arroz no país.

Com informações da Agência Brasil


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