A taxa de positividade dos testes de covid-19 em Aparecida de Goiânia mais que quadruplicaram em menos de dois meses. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o índice saltou de menos de 5%, em novembro, para os atuais 22% no início de 2022.
Segundo a diretora de Avaliação de Políticas de Saúde, Érika Lopes, há um claro aumento de casos, que é reflexo da ômicron. “Essa variante representa 93,5% dos casos sequenciados. Em novembro, por exemplo, a Delta representava 100% dos casos”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia.
Lopes lembra que a cidade confirmou os primeiros casos de ômicron em dezembro, quando ela representava 15% dos casos. Cerca de um mês depois, já é responsável pela quase totalidade das infecções. “Em poucos dias, atingiu essa prevalência de 93,5%, comprovando como é uma variante extremamente contagiosa”, destacou.
Veja: Primeira morte por ômicron foi confirmada na cidade
Apesar do aumento de casos, as hospitalizações não tiveram crescimento relevante. Contudo, o sistema de saúde sentiu o peso do grande número de casos leves.
“As unidades básicas de saúde e de pronto atendimento registram número elevado de casos, principalmente leves. Por isso, a prefeitura abriu todas as unidades básicas para atendimento de pacientes com sintomas de dengue, outras arboviroses e sintomas gripais. Criamos também a telemedicina para atendimento desses pacientes, com 300 vagas diárias”, explicou a diretora.
Pesquisas indicam que a ômicron, embora mais contagiosa, tem menor potencial de causar versões graves da covid, especialmente em vacinados. Por isso, por ora, não são cogitadas novas restrições em Aparecida. Porém, a SMS pede que a população busque a vacina.
“A gente pede apoio da população para que complete o esquema vacinal, tome a dose de reforço e mantenha todas as medidas. Mais de 90% dos hospitalizados não tomaram vacina ou estavam com esquema incompleto. Uma variante extremamente contagiosa, vai pegar muitas pessoas e podem ter aquelas mais vulneráveis que vão ter a doença grave”, reforçou.