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Política
| Em 2 anos atrás

Com ‘falha’ da CEI, sessão dura 40 minutos e é remarcada

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Durou pouco mais de 40 minutos a sessão desta terça-feira (18/04) da Comissão Especial de Inquérito que apura eventuais irregularidades na Comurg. Uma falha regimental reconhecida pelos vereadores que acusaram o advogado do depoente, Fabricio Sotto, Alexandre Augusto Martins de tumultuar o processo. 

Sotto estava na condição de testemunha para elucidar detalhes de um contrato que ultrapassa os 170 milhões de reais com a Rede Sol, que fornece combustível (gasolina e diesel) para a Comurg e até chegou a responder os questionamentos iniciais. No entanto, as perguntas feitas pelo presidente interino da CEI, Welton Lemos (Podemos) levaram Alexandre a interpretar que o seu cliente estava na condição de investigado.

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Mesmo com Lemos insistindo em tratar-se de uma convocação feita na condição de testemunha, o advogado não retrocedeu. “O senhor tá doido para colocar seu cliente como investigado, mas ele está na condição de testemunha”, ironizou o presidente interino. “Hoje, a CEI já definiu anteriormente simplesmente que ele está na condição de testemunha”, insistiu. 

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Alexandre no entanto, disse que no ato da convocação, não houve compromisso junto a CEI sobre a condição do depoente. “A testemunha tem de estar compromissada. Ele não está compromissada. Diante do fato que o senhor não cumpriu essa etapa próprio do CPP. Ele vai permanecer em silêncio em razão das perguntas que foram realizadas”, destacou. 

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O procurador da Câmara responsável pelo andamento jurídico da CEI da Comurg até chegou a ser chamado e disse que o procedimento não trazia prejuízos aos trabalhos, mas não teve jeito. Com a irredutibilidade do silêncio de Fabrício e a orientação do seu advogado, o relator Thialu Guiotti reconheceu: “Essa comissão falhou no não-compromisso. Ponto final”, destacou sobre o que chamou de “brecha” da defesa. 

Guiotti também indicou que tratava-se de uma manobra da defesa para “tumultuar” o processo. Alexandre, negou e reforçou que estava apenas cumprindo o processo lega de defesa de seu cliente. O próprio Thialu sugeriu que a revogação fosse votada na sessão que será realizada amanhã (19). Com o depoente em silêncio, Welton Lemos encerrou a sessão.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.