05 de outubro de 2024
Depoimento

CEI da Comurg ouve Fabrício Sotto, servidor responsável por contrato milionário

O servidor responsável pelo contrato de R$ 170 milhões da Companhia com a Rede Sol
Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg. (Foto: Câmara de Goiânia)
Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg. (Foto: Câmara de Goiânia)

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga supostas irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), ouve, nesta terça-feira (18), o servidor Fabrício Sotto, responsável pelo contrato de R$ 170 milhões da Companhia com a Rede Sol.

Nesta segunda-feira (17), a Comissão ouviu o diretor de Logística do órgão, Ronaldo Macedo. Logo no início da reunião, Macedo teve de explicar aos membros da CEI quais foram os critérios de escolha do atual gestor do contrato milionário.

De acordo com o Diário Oficial do Município (DOM), Sotto foi nomeado gestor do contrato 007/2022, no valor mencionado, para aquisição de combustíveis, com o objetivo de abastecer a frota de veículos da empresa.

A prestação do serviço se dá por meio de contrato por demanda pelo Sistema de Registro de Preços, firmado com a Rede Sol Fuel Distribuidora S/A, vencedora da concorrência. O que levanta suspeitas entre os vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito é a relação de amizade entre Fabrício Sotto e o atual diretor financeiro da Comurg, Adriano Renato Gouveia. Ambos são naturais do Estado de São Paulo.

“Um contrato tão vultoso como esse, entregue nas mãos de um desconhecido?”, perguntou o vereador Ronilson Reis (PMB), presidente da CEI. Ronaldo Macedo afirmou estar satisfeito com a escolha de Sotto para gerir o contrato e alegou desconhecer indicações, no caso.

Segundo ele, o processo passou pelo Recursos Humanos (RH) da Comurg e houve entrevista – quando os dois teriam se conhecido, após apresentação de currículo.

“Foi uma decisão muito discutida pela Diretoria, essa, de trocar a forma de termos o combustível; de tirá-lo dos postos e trazer para dentro da Comurg. Cabia muita responsabilidade. Por isso, trato essa questão de perto”, ressaltou o diretor de Logística.

Macedo assegurou que a fiscalização do contrato é frequente e direta e que, até hoje, não ocorreram problemas, queixas ou denúncias. “Acredito que ganhamos muito mais que perdemos”, considerou. 


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