Toda confusão começou quando no último dia 18, quando a 123Milhas suspendeu pacotes e voos promocionais, lesando consumidores. (Foto: reprodução)
A 123milhas entrou com um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, cidade onde a companhia é sediada. A solicitação, feita nesta terça-feira (29), também engloba as empresas HotMilhas e Novum, que fazem parte da holding.
Além do problema recente com a suspensão de pacotes e passagens, a empresa informou, ainda, ter uma dívida de R$ 2,308 bilhões no pedido ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Com isso, a 123Milhas também solicitou a suspensão imediata das ações judiciais de cobrança movidas contra ela por um período inicial de 180 dias. Ou seja, para ganhar tempo.
Apesar disso, a justificativa da empresa é que, com a Recuperação Judicial, se concentre, em um só juízo, todos os valores devidos e, com isso, chegue mais rápido a soluções com todos os credores. Vale lembrar que as suspensões realizadas pela 123Milhas são a da linha Promo, mais barata por não ter datas definidas de ida e volta. Estas foram interrompidas sob justificativa de taxa de juros elevadas e passagens aéreas mais caras.
Enquanto isso, especialistas alertam para que os clientes lesados pela empresa não aceitem vouchers. O Procon-SP aconselhou, por exemplo, que os clientes entrem em contato com a empresa e que a comunicação ou tentativa de contato seja registrada. Junto a isso, é importante registrar uma reclamação junto ao Procon municipal. Não há definição exata e rápida sobre como fica a situação de consumidores, funcionários e credores, já que são milhares de processos em curso que buscam a conciliação diretamente com a empresa, mas eles devem ser resolvidos em algum momento.