07 de agosto de 2024
Educação • atualizado em 01/04/2022 às 09:03

Com 15 dias de greve, cálculos para nova proposta aos professores da rede municipal de Goiânia seguem indefinidos

De acordo com a SME, uma nova reunião para negociações deve ser realizada ainda nesta semana
Durante paralisação, profissionais da Educação de Goiânia realizam, diariamente, manifestações por atendimento às reivindicações. Foto: Reprodução/Sintego
Durante paralisação, profissionais da Educação de Goiânia realizam, diariamente, manifestações por atendimento às reivindicações. Foto: Reprodução/Sintego

A greve dos servidores da Educação de Goiânia já dura 15 dias. Sem acordo, a categoria segue com a paralisação das atividades presenciais nas unidades de ensino da rede municipal, além da constante realização de manifestações para que as reivindicações pelo pagamento da data-base, o reajuste salarial em 33,24% e outros benefícios, sejam atendidas. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), houve, na última segunda-feira (28), uma reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego) para a discussão de novas propostas para a categoria. Os novos cálculos estão sendo feitos, segundo a pasta, pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) e uma nova reunião deverá ser agendada ainda nesta semana.

Com relação ao piso do magistério, a SME esclarece que a gestão municipal cumprirá integralmente o piso atualizado em 2022 pelo Governo Federal, com o reajuste de 33,2%. Para os professores que recebem acima do piso, entretanto, a proposta atual de aumento é de 7,5%, percentual já rejeitado anteriormente pela categoria.

Em nota, a Secretaria de Educação pontua que compreende as demandas dos servidores e salienta que os novos cálculos estão levando em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento do município, para chegar a um denominador comum. Além disso, a pasta destaca a defesa da ampliação do diálogo para chegar a um acordo.

Protestos

Durante a paralisação dos trabalhos, os profissionais da Educação de Goiânia seguem em atos de protestos. Na tarde desta terça-feira (29), houve mobilização da categoria em frente ao Tribunal de Contas dos Municípios. Já nesta quarta (30), o Sintego realiza, pela manhã, caravanas nas escolas das regiões Sudoeste e Oeste. No período vespertino, haverá panfletagem na Praça dos Bandeirantes, a partir das 16h.

“Enquanto isso, nossas crianças ficam sem escolas. Não pela pandemia, mas pelo descaso de quem exige muito com um IPTU astronômico e com a irresponsabilidade de na hora de cumprir as Leis e ser exemplo, não cumpre”, pontuou o sindicato, em publicação nas redes sociais. “Os profissionais da Educação querem trabalhar, a Prefeitura de Goiânia tem que ser exemplo e valorizar todos que fazem a Educação na capital”, salientou a presidente da entidade, Bia de Lima, com a ressalva de que o Sintego está aberto ao diálogo, no aguardo da nova proposta.

Também na manhã desta terça (29), o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed Goiânia) realizou um ato em frente ao Paço, com a solicitação da ampliação do diálogo para as negociações. “A prefeitura, desde o início da greve, continua com a mesma proposta rejeitada pela categoria”, frisou o sindicato, também por meio de publicação nas redes sociais. “Também é importante ressaltar que nenhum projeto de lei referente ao reajuste salarial foi enviado para a Câmara Municipal”, acrescentou.


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