Em evento nesta sexta-feira (7) para marcar seus primeiros 100 dias à frente da Prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (PRB) culpou gestões anteriores pelo rombo nos cofres públicos municipais.
“É um verdadeiro Caju de esqueletos e contas a pagar”, disse, em referência a um dos principais cemitérios do Rio.
A FGV apresentou levantamento, encomendado pela Prefeitura, que trazia números como: previsão de receita equivalente à de 2012 -R$26,3 bi-, contingenciamento de R$ 3,2 bi para o ano, R$ 479 mi de contas a pagar, dívidas de R$1,44 bi por ano, 345 mil pessoas desocupadas.
“Isso é resultado da conjuntura econômica. Não tem mais Olimpíada, temos menos participação do Estado na economia, desemprego, menos contratações pela Petrobras”, disse a secretária Municipal de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa Berto.
O presidente do fundo previdenciário, que gere pensões de servidores municipais, Luis Alfredo Salomão, disse que “há ameaça concreta de falência” do fundo.
Segundo ele, nos últimos 16 anos, prefeitos usaram recursos do fundo para financiar programas que deveriam ter sido custeados com verbas de orçamento.
Depois da apresentação desse panorama social e econômico, Crivella anunciou uma série de projetos. Sem dar detalhes de como serão financiados, anunciou a urbanização da favela Rio das Pedras, a segunda maior do Rio, expansão da urbanização da zona portuária, um calendário de eventos turísticos. Segundo Crivella, os recursos para essa atividades viriam de parcerias público-privadas.
Ao final do evento, Crivella chamou ao palco toda a equipe de secretariado, além de sua mulher, Sylvia Jane, e seu filho Marcelo Hodge Crivella, cuja nomeação para a Secretaria Municipal da Casa Civil foi suspensa pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello, que lembrou a proibição de que políticos nomeiem parentes até o terceiro grau na administração pública. (Folhapress)
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