07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 12/08/2020 às 14:15

Vereadoras protestam contra ato de machismo na Câmara

Apenas homens estavam no plenário do legislativo após o protesto das vereadoras. Foto: Divulgação.
Apenas homens estavam no plenário do legislativo após o protesto das vereadoras. Foto: Divulgação.

As cinco vereadoras de Goiânia, Dra. Cristina (PL), Priscila Tejota (PSD), Sabrina Garcez (PSD), Tatiana Lemos (PCdoB) e Léia Klebia (PSC) se recusaram a participar da sessão ordinária desta quarta-feira (12). O motivo foi por conta da atitude do vice-presidente da Câmara, Clécio Alves (MDB) que em sessão na última semana, não deu o direito de palavra à vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) para que ela pudesse defender um projeto de sua autoria sobre prevenção à trombofilia.

A atitude da última semana foi machista, grosseira e truculenta. As mulheres são minoria na Câmara de Goiânia, representando apenas 14% do parlamento. A cobrança é por respeito. As vereadoras se recusam a participar de sessões até que Clécio Alves se retrate de episódio. Ele presidia a sessão desta quarta-feira.

“Na sessão de hoje o vereador Clécio voltou a presidir a sessão, quando percebemos isso as vereadores mulheres deixaram o plenário porque ele ainda não se retratou com a vereadora Tatiana Lemos. Nós solicitamos que os vereadores homens deixassem o plenário, poucos atenderam”, afirmou Sabrina Garcez.

A sessão foi encerrada por falta de quórum e sem manifestação do vice-presidente. O espaço segue aberto para posicionamento.

Na última semana, Tatiana Lemos estava participando da sessão de forma remota, e no momento que o áudio foi liberado, já estava no instante de se proceder a votação. Clécio presidia a sessão e não permitiu que a vereadora discutisse o projeto. “Corta a palavra da vereadora. É para cortar a palavra da vereadora. Agora”, disse Clécio na oportunidade.

Tatiana Lemos recebeu apoio das colegas da Câmara e de outros órgãos públicos e instituições privadas.