09 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 22/03/2013 às 18:26

Tucanos apostam em filho de Olier Alves para presidir diretório metropolitano

Rafael Lousa comandou associação de jovens empreendedores, tem apoio de nova bancada peessedebista e deve ser consenso, pois correligionários não demonstram interesse em disputa

O ex-presidente da Associação de Jovens Empreendedores e Empresários do Estado de Goiás (Aje-GO), Rafael Lousa, pode ser o novo comandante do diretório metropolitano do PSDB. O dirigente interino da legenda na Capital, Anselmo Pereira – que substitui o deputado estadual Fábio Sousa – convocou eleições para o próximo dia 7 de abril.

Lousa é filho do tucano histórico e grande articulador Olier Alves – que ocupou o cargo antes de Fábio Sousa e foi presidente da Iquego no início do governo de Marconi Perillo – além disso, tem o apoio da “nova bancada” peessedebista na Câmara Municipal: Thiago Albernaz, neto de do ex-prefeito Nion, e da Dra Cristina Lopes. Thiago Albernaz e Rafael Lousa integraram juntos o PSDB jovem e o vereador foi um dos primeiros a incentivar o colega a pleitear o posto.

O diretório metropolitano tem pouca força e, por isso, não deve haver disputa. Fábio Sousa, que presidiu a legenda até janeiro, sequer conseguiu se viabilizar como candidato a prefeitura de Goiânia, mesmo batendo o pé, em alguns momentos. A legenda, aliás, não lança nome próprio para a disputa do Paço desde 2000, quando Lúcia Vânia foi derrotada por Pedro Wilson. Essa ausência do processo é uma das principais queixas dos vereadores.

As bancadas estadual e federal do partido disputam reeleição no ano que vem e devem se dedicar ao pleito. Já os quatro vereadores, com exceção de Anselmo Pereira, também não tem interesse no cargo. Mesmo Anselmo, que comanda o diretório interinamente com a renúncia de Fábio, admite que tem um mandato tampão e se define como “presidente emérito”. Pela proximidade que tem com o Paço, é improvável que ele tenha força para se manter.

Outro nome que se apresenta é o do ex-vereador Maurício Beraldo. Depois de ocupar quatro mandatos na Câmara, ele não conseguiu se reeleger, tem desgaste por ter sido citado no caso Cachoeira e não conta com os mesmos apoios de Rafael Lousa. Além disso, há um entendimento de que o presidente deve ser um tucano “sem mandato” para “se dedicar ao partido”, e fortalecer as zonais.

Lousa tem 34 anos e, além de empresário, é advogado. À frente da Aje, comandou eventos para lembrar o “Dia sem Imposto”, em que empresários, sobretudo de bares e restaurantes, área em que ele também atua, comercializaram, por um dia, pratos livres de carga tributária.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .