Nenhum clube goianiense tem o interesse em administrar o Serra Dourada, mesmo com o processo para terceirização na praça esportiva que deve sair do papel no próximo ano. Eles entendem que seus estádios são suficientes para atender a maioria das suas partidas nas competição que vão estar participando.
Com exceção das partidas como mais apelo de público. Que são os casos contra Flamengo, Corinthians, São Paulo, Vasco e Palmeiras – ou no momento em que estiveram em uma fase mais decisiva de uma competição relevante como Copa do Brasil ou Sul-Americana – em que o interesse seja maior por parte da sua torcida.
Foi o que fez o Vila Nova neste ano, quando deixou o Onésio Brasileiro Alvarenga e foi para o Serra Dourada atrás de mais dinheiro de bilheteria. Recebeu o Fluminense na terceira fase da Copa do Brasil, Grêmio e Vasco da Gama no Brasileiro e também levou a decisão da Copa Verde diante do Paysandu.
O Atlético seguiu o mesmo caminhos nos jogos pela Copa Sul-America em 2022. Quando enfrentou nas oitavas de final o Olímpia do Paraguai, nas quartas o Nacional do Uruguai e o São Paulo nas semifinais.
O Goiás foi o único clube que não utilizou o Serra Dourada nesta temporada. Todos seus jogos no Goiano, Copa do Brasil, Copa Verde e Brasileirão fora realizados no Estádio Hailé Pinheiro. Uma realidade que dificilmente vai mudar para 2023.
Conversei com dirigentes dos três times da capital e todos entendem que existe uma necessidade urgente de melhorias em todos os setores do estádio para que seja interessante mandar jogos por lá.
Edminho Pinheiro – Presidente do Conselho Deliberativo do Goiás – diz que é preciso a abertura de uma liicitação para privatização do Serra Dourada e como estratégia que ele seja transformado em uma arena multiuso, sempre preservando a essência da sua existência que é o futebol.
“Hoje o Goiás só vai utilizar o estádio caso seja obrigado por capacidade da Serrinha. Por isso é inviável o Estado ficar na espera de um jogo de tempos em tempos. É preciso tomar uma medida e eu buscaria um modelo de privatização”.
Edminho destaca que o Serra Dourada tem um espaço de estacionamento que é único no Brasil e de tudo que possa ser explorado. “O modelo da Allianz Parque é muito interessante, já com o gramado sinstético específico e de mais fácil de manutenção. Uma arena pronta para receber shows, o que vai atrair o público de Brasília, já que a capital federal não tem bons lugares para esse tipo de evento”.
Adson Batista – Presidente do Atlético Goianiense – afirmou que é a favor de uma terceirização ou privatização, desde que “traga melhorias para o Serra e que o futebol permaneça como prioridade no local”. O mandatário rubro-negro ressaltou que o Antônio Accioly sempre será a prioridade do clube, mas que tem esperança de “uma reforma de verdade” no estádio.
Leandro Bittar – Vice-Presidente do Vila Nova – revelou que inicialmente a pretensão do clube colorado é seguir jogando a maioria dos jogos no Onésio Brasileiro Alvarenga em 2023. Ele enaltece o fato dos gastos e espaços. “Tem a questão dos bares e da loja, que trazem receita para o Vila – algo que não temos no Serra Dourada. Mas em jogos que entendemos que mereça um palco maior e mais apelo de torcida, podemos jogar por lá”.
Bittar descartou a possibilidade da agremiação assumir uma terceirização da praça esportiva e a exemplo de Edminho Pinheiro diz que é preciso que o Serra Dourada seja transformado em uma arena multiuso: “É preciso que o local concilie o futebol com eventos e shows”.
Opinião
Os três dirigentes tem uma visão de que é preciso muitas melhorias para o Serra Dourada seja atrativo para os clubes. Algo que o Governo do Estado não tem recursos no seu orçamento. Daí a necessidade real da busca de um parceiro. Seja no contexto de terceirização ou privatização.